quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Artigo sobre o BBB - Luís Fernando Veríssimo (24/01/2011)

    "[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. [...] Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
    Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores [...]".

Disponível em: www.vitalves.com

sábado, 7 de janeiro de 2012

Vício em canção

Há quem procure escapar
Mas do mundo não há saída
Pode apenas se refugiar
Afogar-se em viagem só de ida

Não deixe de viver
Não deixe de sonhar
Há quem procure escapar
Por vícios
Aí sim traz-se a vida sacrifício

É como se atirar em alto mar
Ir com as ondas
Mas ondas as quais me entrego são outras

Sonora
Busque o amor sem perder o equilíbrio
Outrora
Deu-se mais valor a isto
Se amou, não chora
Volte a sonhar, nada acabou
A quem procure escapar de outras maneiras...
A mim só um violão já levou.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sobre religiosidade

    Eu acho que o mundo se faz de crenças, então respeito todas possíveis, porém, acho importante a gente colocá-las em dúvida no sentido de refletir e pensar sobre o que acreditamos, antes de aceitar aquilo como verdade absoluta, tomar um lado e repudiar qualquer outro. Acredito naquilo que sinto, mas porque as coisas que (ainda?) não sinto não podem ser verdades ou absorvidas por partes para não necessariamente mudar, mas acrescentar algo a minha crença? Acreditar e seguir tudo de uma religião é direito e não há nada de errado nisso, mas, com certeza, não excluem todos outros ideais existentes. Não aceitar algo unicamente por já acreditar em outra não parece válido, pois, ideais diferentes nem sempre são ideais opostos, logo, não se excluem. Nada é absoluto! Se existisse o absoluto, não existiriam opiniões, existiria uma verdade incontestável e o mundo humano perderia o sentido, não precisaríamos ser racionais, mas apenas entender o que o universo, Deus ou sei lá quem, deixou pronto.

    Não quero mudar a cabeça de ninguém quanto ao que crê, de verdade. A visão de refletir sobre as crenças de grupos que você não segue é para evitar o que é um fato das religiões: manipulação de alguns seguidores de modo que eles fiquem "cegos" e não conheçam suas próprias vontades, porque apenas seguem a vida baseado naquilo que sua doutrina diz. Não se feche, a religião pode tirar seu direito de liberdade.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ê, televisão!

    Vi um programa no Multishow há pouco, o nome é Todo Mundo e falava sobre ser brasileiro em Londres e no Rio de Janeiro, mas o RJ foi minimizado à Ipanema e os cariocas a jornalistas que moram ora próximo às praias, ora em Londres ou outras partes da Europa. Enfim, eles não sabem o que é o Rio de Janeiro. Uma das jornalistas, que morou 7 anos em Londres, falou: "Em Londres, aprendi muita coisa. Lá que aprendi a ser eu mesma, a respeitar as diferenças e que sem amigos não sou nada". Olha, se você precisou mudar de continente pra aprender isso, você não está muito bem. Além de que as diferenças aqui, acredito que gritam bem mais. Outra coisa que me chamou atenção na fala dela: "É, eu sinto saudade de umas coisas do Rio e por isso voltei. O Rio é acordar e mergulhar, tomar água de côco...". Não esqueça que nesse mesmo Rio de Janeiro, existem pessoas que acordam mergulhadas em guerra de polícia e bandido e que o cocô muitas vezes vêm por caminhões em péssimo estado onde homens devem carregar aquilo sem ganhar nada. Você pode acordar e fazer isso tudo, mas por ter um maior status social. Muitos acordam às 5h da manhã e devem se preparar não para o mar de águas, mas para um mar de gente que briga por lugar em ônibus, trens e metrôs.

    Londres, os brasileiros que vocês conhecem não são brasileiros!

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Redenção

    Não consegui. Já voltei a escrever. Eu não sou esse cara que está em mim, no sentido de pensar apenas em trabalho para conseguir dinheiro para umas realizações e ser "feliz" pondo em jogo suas verdadeiras vontades. Não, eu sou o cara "feliz por nada". Eu me esforço pra escrever algo, por mais que pareça inútil. Quero música: o grave do baixo, solo no violão e feeling. Podem me achar um verdadeiro vagabundo, mas sinto que evoluo muito mais espiritualmente e isto reflete no intelecto. O ser humano ainda tem visão de que o saber é aquilo produzido na escola ou faculdade. Talvez por isso exista tanta gente ignorante. Há saberes e o da escola é apenas um deles.

    Escola e faculdade, de modo meio grosseiro, são papéis para se conseguir emprego e uma melhor condição. Pergunto: O cara fechado aos estudos tem maior saber que o artista de rua, por exemplo? Ambos tem capacidades intelectuais, mas o segundo não teve base alguma. É o tal do dom. Quem te parece mais privilegiado? Os papéis não querem dizer nada - quero dizer que currículo é apenas teoria. Óbvio que não minimizo a importância da faculdade e da escola. São essenciais também. Só quero fazer crescer a visão sobre os privilegiados que não possuem privilégios (socialmente falando), independente dos outros.

    Me considero privilegiado por ter família, amigos, namorada, pessoas que me apoiam, me dão amor e tento corresponder ao máximo. Isto me faz crescer. Me sinto privilegiado por ter conseguido entrar numa boa universidade e que contribui com minhas reflexões, tem participado de uma mudança, lembrando, então, sua importância. Corro atrás agora de música, literatura, imagens, arte... Quero descobrir meu dom e, assim, sentir-me privilegiado por completo. "Feliz por nada" não é a expressão que eu deveria ter usado. Espero que tenham conseguido enxergar que temos muita coisa. Vamos rever valores.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 26 de novembro de 2011

Um texto achado: Te ter supera (25/10/2011)

Cansado de falar de amor
De falar do encontro a você
Mas se o amor supera tudo
Falo dele de novo pra me erguer

Amor vencendo o próprio cansaço
Pois na esperança saio à rua
Paro para contar as estrelas
Observo e namoro a lua

Aliás, somos como a lua
Podemos brilhar no escuro
(De novo) Da rua
Onde nos reencontramos

E caminhamos de mãos dadas
É a volta

Será que com o amanhecer você se vai?
Na verdade, não quero saber
Viremos a noite
Nos cansemos agora

Pra trocar no amanhã, a manhã pelo entardecer
Pra acordar já com o luar, virar pro lado e te ver.

Ter você.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"Conversa de botas batidas"

Leonardo Muniz: Ficou de bobeira hoje?
Renan de Assis: Dormi. Isso é ficar de bobeira?
Leonardo Muniz: É. Você já leu meu novo texto? Haha. Tô escrevendo bem pouco, só 3 nesse mês. O último foi "Tô com sono".
Renan de Assis: Aí o blog dormiu.

Posso voltar, mas tem um mundo lá fora.

Obrigado!

Por "um mais um".