domingo, 29 de maio de 2011

Hi-a-to, parte III (Dedicada aos verdadeiros)

    Se for pra continuar estagnado, que seja assim ao lado de quem corre comigo. Meu ciclo se dá em voltar sempre aos amigos de fé. Não me esqueço de vocês, pois, não esquecem de mim; estamos juntos sob qualquer circunstância. A amizade, aliás, me parece o mais verdadeiro casamento, se diferencia apenas pela cumplicidade voluntária, sem promessa ou voto anterior. Simplesmente se está ali. É o tal amor-amigo, com o qual há...
Evolução de maneira única
Todos amigos evoluiriam juntos.
Aprendo e repasso
Me ensinam e confortam com um abraço

O amor é real
Uma verdade absoluta
Pois, se assim não for
Como, sem pensar com força, dele se desfruta?

Psicológico? Ideal? Crença?
Novamente não explico
Com racionalidade ou não, só digo:
Obrigado por existir, amigo.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Hi-a-to, parte II (Para a "Última vez que falo")

Não posso parar e voltar
Ciclo não é evolução
Tem-se as relações de poder
Domínio e criação
Mentiras e verdades
Com ideologia, possibilidades?
Mistério, reformas
Ministério, estagnação

Nosso PIB per capita é de 10200 dólares
Foda-se, tem gente na rua sem um tostão
A violência viola meu calar à violação
Que calaria a violência
Que não pode calar minha viola
Minha viola que viola a revolta por uma canção
Minha viola que viola o mal neste refrão
Pude ganhar uma Les Paul mas os financiadores me pediram distorção

Que calaria a violência
Que não pode calar minha viola
Minha viola que viola a revolta por uma canção
Minha viola que viola o mal neste refrão.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 21 de maio de 2011

Última vez que falo

Transformar a raiva em aprendizagem
Com o silêncio que diz tudo
Mantém-se uma paz enquanto o mundo se explode
Não é ser egoísta, não é ser covarde
É se preservar e amar a alma que seu corpo abriga
Corpo privilegiado por isso
Ganhar vida
Pensa
Não se estressa
A vida não é uma merda
Isso quem faz somos todos
Raiva de vocês
De mim e de nós
Raiva coletiva
Sentimento universal, querendo ou não
Calados o calamos
Aprende-se a viver com
Única saída
Convencimento
Conformação
Aceitar assim é apolitizado...
Justamente
Tudo em jogo político
Jogo de poder e domínio
Violações
Nossa indiferença nos torna...
Indifirentes
Não subordinados.
Violar a violência
Violando a raiva
Se conformando
Se convencendo
Se calando inteligentemente
Vencendo
Proposta pra toda gente.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Enfim...

    Chegamos a um consenso. O de que não queremos o senso comum. É mais um dos paradoxos da vida, e reais, que só acabarão com novas ontologias. Mas como estudar o "ser enquanto ser"? Estamos sofrendo ações constantemente, mesmo com a gradual erosão eólica. Estudariamos, então, no caso do ser humano, sua fisiologia? Seria um recorte finito, não-pró-produção, que nunca explicaria interações com o meio. E para aqueles fatores abióticos que agem sobre tudo em que há vida?

    A questão sobre ampliar o conhecimento estudando sistemas conectados também parece falho, pois, além de não se ter informação de todos entes envolvidos, não se sabe quais são todos, por isso nos contentamos com o estudo em subáreas, em recortes de nosso interesse. É disso que saem diferentes posições, argumentos, maiores precisões e, consequentemente, maior estimulação à pesquisa, que vem com mais leitura, mais posições, te dá maior visão crítica e habilidade para discernimento, seguindo até não querer mais ou sentir-se suficiente.

    Nunca saberemos tudo, porém, tudo que saberemos, saberemos bem. É uma conclusão que pode-se tirar e que, provavelmente, seria introduzida com um "enfim". Mas o "enfim" não é nada construtivo, sendo a construção o caminho imaginário para sua posição, de cientista ou de ser individual dentro de um coletivo.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 15 de maio de 2011

Geografia romântica

Tudo se insere no espaço
Homem e meio em interação
Limite necessário a liberdade
Pois, o direito do que te diz respeito
Pode me trazer uma opressão
E vice-versa
Troca de idéias como conversa
Briga pros que não querem equilíbrio
Minha experiência pede paz
Te peço amor, te trago um lírio

Tudo se insere num sistema
Amplo demais
Seja de coordenadas para localização
De uma época literária com seus temas
Seja do capitalismo
De amores, crença ou razão
Com o garoto de rua ou a garota de ipanema

Tudo se insere num imaginário
Um olhar sobre um lugar
Vem do canto do canário
Teu saudosismo e teu amar
O medo também tens
Ou certa agonia
Mas pra tudo há um bem, meu bem
Vamos compartilhar essa alegria*.

* "Alegria compartilhada" é o novo álbum da banda Forfun, a qual apresenta letras bem pensadas e que tratam indiretamente da geografia e do amor.

Por Leonardo Muniz.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Arte e ciência

    A ciência produz conhecimento a partir de observações e experiências. Em uma mesma experiência, observações diferentes são feitas; a crítica sobre elas, o desencadeamento de raciocínio lógico e a demonstrabilidade para cada é que darão no tal conhecimento, por uma explicação e sua compreensão. Experiências são compreendidas num contexto local, do espaço vivido, que, por sua vez, está inserido em certo período da história, com relações sociais, políticas, econômicas, ideológicas, etc. Daí se tem um olhar sobre o lugar, um olhar que mudará com o tempo, pois, o espaço está em constante modificação pelas ações e objetos encontrados nele, com elas. Sabe-se que heranças existem, que, apesar das alterações, há alguma essência, o que fica. A nova visão tida, então, é uma reprodução de conhecimento, pois, trabalha em cima de um pré-produzido, mesmo que seja só criticando. Se esse papel é feito dentro da ciência, pela ciência, ela pode ser vista como arte. Arte é a reprodução do conhecimento, por sons, imagens, textos, esculturas, etc. Denomino, assim, a arte científica.

    Pensemos: A ciência parte de observações, e a arte também. A ciência produz em cima disso um conhecimento, como já falado. A arte produz diferentes formas de expressão, que são um conhecimento, uma noção por estudo ou experiência. Tudo bem que, hoje, cria-se em cima da arte, mas para a arte existir, seja o tempo passado que for, o primeiro artista deve ter estudado uma forma de produzir uma escultura, por exemplo; "trabalho em cima de um pré-produzido". Observando um material que poderia ser moldado, aperfeiçoando cada vez mais pela experiência e, pela imagem que fica, outras pessoas olham e compreendem (exceto artes abstratas). Resumindo isso aí: a arte produziu um conhecimento por observações e experiências e, com os métodos desencadeados na lógica pelo artista, demonstrou para outros algo a ser compreendido. Foi feita uma ciência... pela arte; ciência da arte. Novamente: a arte científica (ou uma ciência artística).

Por Leonardo Muniz.

Experiência em razão impura*

    A razão está ligada ao raciocínio. Este é tido num dado local, tempo, com toda uma contextualização. Se for puro, é puro no momento. Passa-se pouco e se tem outros aspectos que não haviam sido observados, por, talvez, nem estarem inseridos ali. Não querendo defender a emoção, mas ela, sim, é pura, pois, por maior influência racional que se tente dar à emoção, ela continua sendo sentida (sentimento); a razão, nesse caso, é passar o coração à mente.

    A única razão pura é o bom senso, por definição: "prudência; a lei moral; o direito natural". O bom senso deveria ser senso comum. Mais uma idealização. Aliás, usa-se a razão, entre outros princípios, para questionar este senso comum. (Que viagem... o bom senso seria criticado). Se a razão pura fosse vista sendo esse ideal, será que o bom senso não seria espalhado? Uma sociedade melhor e sem idéias extremistas como, por exemplo, a autogestão anarquista; teríamos nossos governantes em prol do povo e todas aquelas visões "político-românticas". Mas, será que suportaríamos viver nessa "perfeição"? A gente segue a razão que não é pura por natureza, então, com um tempo, encontraríamos problemas nesta sociedade também. As coisas poderiam até se agravar. Por isso, deve-se viver mesmo com os pés no chão...
ideais na cabeça, ou no coração
ação por interação
satisfação pela vivência
a mesma que vem mostrando que somos submissos,
mas buscar a felicidade, não só com o amor, mas com a experiência.

* Texto baseado num diálogo que fiz em duas folhas de papel, que seria postado como "Fórmula da felicidade, parte III: Por quê?".

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Aceitam-se pensamentos

Com tempo limitado
Meu modo de arriscar
É na mistura de grandes
Com marca a se inspirar

A Cor do Som, Raul e Chico Science
Brasil regionalidades
Paralamas dos 80 ao 2000
Muita força de vontade

Indo ao internacional
Elvis Presley a Dave Grohl
E a beatlemania?
Lennon, George, Ringo e Paul

Pouquíssimo papel
Pra muitos nomes na história
Ter todo conhecimento
Seria uma glória

Tem-se a ciência, filosofia e artes
Literatura brasileira também faz parte
Machado de Assis e Monteiro Lobato
Para reflexões com reflexos nos meus atos

Agora com Descartes, Marx,
Einstein e Ptolomeu
Que tiveram para arriscar
O mesmo tempo que tenho eu

Mas só em 1999, a igreja retificou-se a favor de Galileu...

Com tempo limitado
Meu modo de arriscar
É na mistura de grandes
Com marca a se inspirar

Aceitam-se pensamentos da música a qualquer campo
Ciências humanas, físicas, sociais, aplicadas a qualquer canto
Canto, canto, canto, canto...
Lembrando que da fé também se tira sabedoria!
Canto, canto, canto, canto, canto...

Por Leonardo Muniz.