sábado, 30 de julho de 2011

Fórmula da felicidade, Parte III: Fins do início

    A vida é o início do fim pra quem quer. Vamos morrer, sim, mas nem por isso precisamos antecipar a data, fora que esta morte é apenas material, pois, seus sentimentos e espiritualidade permanecem com seus reais amigos (família, namorada, etc.) ainda em vida. O objetivo aqui é ser plenamente feliz, ou seja, ter no fim um somatório de felicidades. Se achas ainda ter felicidades a somar, o tal fim é o pontapé inicial para as que virão. A vida é feita, então, de fins de começos.

    Pra buscar felicidades, atenção nos "pequenos grandes detalhes". É clichê, mas a gente esquece de dar valor às coisas simples, que são essenciais. Lembre que tu tens amigos, nem que seja um só, pois, se existe, é verdadeiro. Lembre que tens família, nem que seja por criação. Lembre que tens vida, nem que seja aos trancos e barrancos. Ajuda uma senhora a atravessar a rua ou a pegar o gato que fugiu da casa do vizinho. Ama o que corresponde o teu amor.

    Enriquecimento material é finito. Ações com seus respectivos valores morais (que são carregados por algum sentimento) ficam, passam gerações... Acredito nisso. Na utopia. E, se todos passarem a acreditar, a utopia vai virar sonho, e sonhos são realizáveis. Sem mais explicações, digo que sou feliz. E já sei qual próxima felicidade quero para atingir a plenitude. Tenho muitos amigos, uma família que me apoia, estudo em boa universidade... Me falta você ao lado para caminharmos e construirmos nova vida. É isso...

Por Leonardo Muniz.

domingo, 24 de julho de 2011

Marcha contra marchas

    Todos concordam que o povo é governado, certo? Logo, o povo não é governante, o que contraria o termo Democracia. Pois bem, diante disso é reforçada a idéia de submissão ao Estado e, devido ao poder que eles têm, checamos certa repressão. A prova disto: spray de pimenta e bomba de efeito moral sobre o cidadão que protesta por direitos.

    Me parece que protestos como as marchas são desnecessários porque, além da repressão sofrida, luta-se por um direito, não se obtém o mesmo e ainda é perdido outro, a liberdade, a voz. Manifestos têm cunho político, mas a política em si é algo bem maior. A luta não deve ser pela rua tomando porrada de policial. Muitos intelectuais esquerdistas defendem que "ninguém mais vai às ruas!" e penso que eles deveriam usar a influência que têm para levar alguém que representasse de verdade no Planalto. É utópico pensar em um cabeça de marcha (que só a promoveu quando foi atingido diretamente) para subir em Brasília. Esse tipo de cidadão, pra quem já tá no comando, maioria, é como um palhaço, trabalhando o faz rir e, quando chega em casa, chora por não progredir.

    Enfim... Soluções também não tenho, mas exponho uma falha da proposta existente a fim de fazer as mentes democratas pensarem. Como já falei, a política em si é algo bem maior. Pensem antes de ir às ruas!

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sapo sapiens

    Como um sapo, com o passar do tempo marcado no relógio, vou pulando sobre pedras no caminho e terras não muito firmes. Vou, assim, enfrentando as dificuldades, conhecendo melhor o mundo. Anotações, fotografias, anexos, registros de um celular... Não posso esquecer das paisagens que configuram uma relação não só física, mas reflexos de atividade antrópica na superfície. Cada parte que forma o todo, juntando com um simples grampeador, se transforma num grande acervo pra história evolutiva que, em escala gradativa, me faz crescer como "o homem que sabe que sabe", o sapiens. Homo sapo sapiens.

Por Leonardo Muniz.


Obs.: Em uma conversa, pedi à pessoa "diga-me 4 palavras, rápido" e ela respondeu "sapo, relógio, celular e grampeador". Daí foi escrever este texto.

domingo, 17 de julho de 2011

E agora escrevo pra você...

Depois de tantas histórias de papel
Tantas folhas rasgadas
Ou no jardim desgastadas
Consigo encontrar uma bela flor

A primavera nem chegou
O outono se foi a pouco
Com esse vento gelado no rosto
Digo que tenho meu conforto

Já parecia desacreditado
Aquele frio congelante
Fez o coração parar
Mas, de repente, o Sol brilhante
Reanimou e fez acelerar

Mas, calma
Mais calma
Não escreva como a pulsação
Espere aflorar e dance conforme a música
Os novos papéis e folhas virão por canção

Escrevo pra gostar de mim
E te ver dançar depois
Em meio ao mesmo jardim
Palco da história de nós dois.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 16 de julho de 2011

O romance de Ramirez*

    Um alguém melhor é resultado de uma nova matriz dada em sua vida, sempre. Uma menininha mal chegou e vai te esquecer se você continuar a se prender no passado. Me diz: até quando vai deixar isso acontecer? Ela chama "vem me abraçar" e você pensa "sei que ninguém vai mudar nós dois", mas, na verdade, o "nós" não existe mais. Coloque em sua cabeça "o presente só mostra que o passado se foi, e feliz sem mim". Tente deixar pra trás e corra atrás da nova garota:
    - Hey, não vá! Não fique assim... Já foi dado seu desembarque. Agora vou te levar pra casa, deve estar cansada.

    Alivie-se e diga a si mesmo "não sou um só. É a volta do nós (com outro você) e vou aproveitar o que perdi!". Terá um desfile de motivos para ser feliz. Será como bem quiser. Sophia é formada em música. Você em turismo. Agora imaginem a união: o nós ouvindo um countrycore... em Roma e Lyon! A vida seria como a de divertidos desenhos, não é? E não pense que você foi longe demais com essa idéia, mas sim "esse é o melhor do que há pra nós", afinal as frustrações infantis foram esquecidas e vocês conseguiram entrar em novos tempos.

    Então, com a maré favorável, relaxe, escreva uma história bonanza. Seja bem-vindo ao show do viver! Acorde e venha ver o Sol nascer. Como as garotas do interior que, sendo jovens demais, ainda não sabem que a vida é muito mais. Elas devem dar uma despedida seca aos rapazes que as procuram por lá sem amar. E, enquanto isso, peço seu gosto mais uma vez. A mesma história aconteceria com elas se pedissem sempre um pouco mais. Veja como quero te levar hoje... Esse é o fim do começo, na verdade. É quando posso gritar pra você, com você, amor, depois do que aprendemos: Vamos à glória!

Por Leonardo Muniz.


* Ramirez é uma banda carioca que faz boa música e este texto contém o título e a faixa dos 3 álbuns já produzidos por eles. Pra conhecer: http://ramirez.art.br

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dentro do baú (Someone like you)

Por muitas vezes quis escrever
Por muitas vezes sem saber o que
Talvez por sentir muito
Por não sentir
E o porquê?

Preciso dar voz a meu coração
Ultimamente ele está calado
As vezes que fala é pra gritar
"Alguém aí?!"

Não há resposta
Estou fechado
Preciso de alguém como você
Que tenha a chave do cadeado

Guardo agora minhas canções
Nelas que me aprisionei
Vou embarcar a um novo horizonte
Descobrir e gritar
"Coração a vista, jogado em alto mar!"

E se este também for o seu...
É encarar o oceano
E ir nadando buscar.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ecstasy ou café?

Me encontro num difícil dilema
E esse dilema é conceitual
Ainda não sei bem o que é o amor
Será que isso é normal?

Será que o amor
É aquele sentimento imenso?
Ou é aquele moderado,
Porém, com mais senso?

Amor demais é algo doente
Como a própria palavra pode explicar
Ele tende a não ir para a frente
Se é demais, é claro que irá transbordar

Em contraposição, vem o amor moderado
Não tem todo o sentimento do super amor
Entretanto, não tende a zero,
Como o amor desenfreado

Já dizia meu professor divorciado
Um casal sobre um amor explosivamente infinito,
E zero será sempre o resultado

Amor moderado nasce na amizade, da amizade
Nada pode abalar esse sentimento,
Nem a mais forte adversidade

Como eu já disse no começo
Eu não sei o que é o amor
Cada um decide o que quer
Uma pílula de ecstasy para hoje
Ou uma plantação vitalícia de café.

Por Igor Marques.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Trabalho de campo em Geografia

Toda abstração se concretizou
Linhas de pensamento e experimentos
Aplicações e, então, as demonstrações
Vejo tudo que se falou

Produção no trabalho de campo
Conceitos, métodos e técnicas
Juntos a cada passo
Compreendendo e explicando cada recorte do espaço

O que era banal
Pela paisagem e região
Virou local
Conhecido e otimizado
Se dá por gestão o planejamento territorial
Uniram-se as atividades antrópica e natural.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 3 de julho de 2011

Eu continuo a dizer...

    Esqueça o pra sempre, ele não existe. Esqueça o que passou, por mais que você queira ele. Não vai mudar. Esqueça o futuro, pensar nele é ter medo da realidade. É tentar criar novas expectativas impossíveis de serem realizadas para o bem pessoal.
    Falaremos do meu favorito, o presente. Ele é bom. Não há uma maneira plausível de torná-lo como nós desejamos, você apenas vive e fazendo a escolha certa se alegra. E, mesmo com as erradas, você aprende novas coisas para que o próximo presente seja bom.
    Eu continuo a dizer...

Por Kaike Souza.

sábado, 2 de julho de 2011

Agricultor Urbano: Trabalho

Viagens a trabalho
Negócios e o baralho
Cartas na mesa são contas a pagar
Fim de mês é essa beleza
Não há como escapar

Com a cabeça atolada, esqueço o principal
Valor que devo dar à família e a meu animal
De estimação somos nós
Entrelaçados e embaraçados
Saia daqui, pois, preciso ficar a sós

Rotina quente
Vejo dias iguais, muitas repetições
Humanamente?
Impossível reproduzir, sem erros, ações

Ações, viagens a trabalho
Negócios e o baralho
Cartas na mesa são contas a pagar
Para um bando de "lalau"
E, para isso, tem-se a possibilidade da isenção fiscal

Interessante para multinacionais
Interessante para um multimilionário
Interessante pra você
Não pra mim que sou agrário

Volto na assimilação de nosso atraso
Vivo em cidade grande e não desenvolvo
É apenas espaço de submissão e vivência
Agricultura urbana, cultivo de experiência.

Por Leonardo Muniz.