sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A esperança na música

Sobre esquecer o que nos rodeia
Sobre lembrar o que passou
Sobre o modo que poderia ser
Sobre transformar em arte o que me restou

Para guardar
Para esconder
Para mostrar
Para entender

(O que nos rodeia)
(O que passou)
(O que poderia ser)
(O que me restou)

Diz que não falo nada
Talvez seja por isso
Preciso de um complementar
Então, seria tudo

Queria parar
Conseguir uma grana e me mandar
Criar meu mundo de canções com você
Na praia a noite ou na rede, nós 3 e o Ukulele.

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Visão de mundo, visando o mundo

Adultos falseiam para conquistar
Crianças conquistam por expressar verdades

Na verdade só acredita quem é criança
Envelhecer é perder tempo
Necessidade é voltar no túnel
A gente só faz merda

Necessidade é voltar ao túnel
A luz no fim é símbolo de esperança

Símbolos carregam identidade e ideais
Mas nada é seguido por completo

Falsificação ao lado da verdade
Túnel sem saída
Ali a ciência, alá a fé
Raciocínio lógico e crença transitando e se esbarrando

Simbologia concretiza o que gostaria seguir
Seguir símbolos é racionalizar a fé

Verdade é a transação e atrito, nada absoluto
É nossa confusão e necessidade em complexar a vida
Transceder e ver qual é
Agora ficarei quieto e seguirei de pé.

Por Leonardo Muniz.

Paz

O equilíbrio nem é difícil de alcançar
Chego puto, calado, cara fechada
Mas é só ouvir uma boa música e dançar
Essa cara nada mais é que faixada
De uma pessoa que tá fugindo pra amar

Tudo tranquilo, na paz, sereno
É reabilitação do meu ser pleno
Cheio de esperança de que tudo vai mudar
Desejo o que há de bom a meus amigos
Sorte a todos nós
Ao mau olhado, azar

Compomos o mesmo mundo
Vivenciamos o mesmo lugar
Demo-nos as mãos
O planeta hemos de salvar.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 18 de setembro de 2011

O ator social no Sistema

    Acabei de ler um artigo científico de Rodrigo Maia(?) sobre os neo-hippies. Achei interessante. Posso dizer que tenho gosto por estudos relacionados ao homem, ao ator social e seus reflexos no espaço. Pra quem quiser ler, o URL: artigocientifico.uol.com.br/uploads/artc_1153762000_56.doc

    O artigo fala basicamente da incorporação do estilo hippie à moda pós-moderna, o que implica certa interação da onda de paz e amor com o chamado sistema. Eu diria que os neo-hippies são pessoas que amam a liberdade, querem a paz, mas tem os pés no chão e, consecutivamente, a consiência de que o sistema é algo maior. As modas vem e vão inseridas sempre no meio urbano e, como trata o artigo, de forma a "destacar-se" na sociedade, temporariamente.

    A minha reflexão foi além disso, se deu pelo citado gosto por estudo social. O artigo é voltado à publicidade.

    Acho que, se todos apenas estudássemos, o mundo seria mais igualitário e ainda corresponderia as diferentes classes. Os gananciosos enriqueceriam mais e os "desapegados" produziriam mais, sem a necessidade de limitar o estudo pra trabalhar em algo enriquecendo outros. Distribuindo um computador com rede para cada família se empenhar nisso já apresentaria muito crescimento. No artigo, a conclusão é uma citação que olha pra isso, mas é fato de que muitos lugares são completamente esquecidos:

    "Ainda citando o escritor Alejandro Rozitchgner, ser neo-hippie quer dizer, informal, aventureiro, pesquisador, meio roqueiro, esteticamente livre; é entender que há algo que pode ser feito perfeitamente dentro do sistema e algo que constitui uma contribuição ao mesmo."

    Volto (de novo, de novo e de novo) ao ideal de utopia: Se todos acreditarmos, vira sonho e se pode realizar. Todo homem como pesquisador: pessoal da tecnológica inovando computadores ou quaisquer técnicas e instrumentos de auxílio; das ciências naturais conhecendo e repassando o mundo aos demais, controlando de certa forma; das ciências humanas estudando nossas ações sobre o espaço social; arquitetos interferindo em formas inanimadas e biológos em seres com vida; etc. Não seria um sistema?

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fernanda

Pareço não ter nada
Meto o pé pela estrada
Com tudo
Carro velho, meu amor, minha criança
Já vejo nós três e o violão na rede que balança

Esse é o destino planejado
Praia, montanha e você do meu lado
Simplicidade, atitude
Pensamento, plenitude
Sonho realizado

Devemos acreditar e não temer a vida
Promessas são desfeitas, mas crescemos com cada ferida

Nos ajudamos desde sempre
O amor é a cura
E vem (novamente) por canção
Scar Tissue, Misunderstood, Dare4distance, So far away
E, assim, chegamos à Redenção

A vida parece dura pra que enfrentemos cada obstáculo
Para fazermos daqui
Junto da natureza
Um lindo espetáculo
Com alegria, luz e amor

Com muito vento, corremos na areia e caimos
Rolamos abraçados
Assim gera-se o calor
Pela união e o sentimento jorrado por meu coração.
Companheirismo, não existe dor.

Anda, Fernanda! Vem!
Aprendi a pensar no agora
Anda, Fernanda, meu bem,
É chegada nossa hora.

Por Leonardo Muniz.

Egolir*

Monstros da cidade perdem as forças
Natural a maior parte da matéria
Com sangue quente entre as veias e artérias
Entram em pânico no campo

Ambiente modifica o homem em 1 segundo
O homem deve criar condições para mudar assim o ambiente
Até o dia da verdadeira revolução verde
Mato personificado, pois, engolirá gente

Ego, ganância, ostentação e vaidade em segundo plano
Outra questão a ser pensada pelo agricultor urbano
Que cultivou erroneamente uma experiência
(Só com medo lembrou da fé)
E agora vai estudar a filosofia das religiões e da ciência...

Por Leonardo Muniz.


* Egolir seria "engolir o ego".

Como não ser um milionário I

1. Não passe por cima de ninguém.
2. Não aceite as desigualdades do mundo.
3. Lute por ideal, por paz e por amor.
4. Largue os vícios tecnológicos.
5. Seja politizado, mas não um político.
6. Estude a sociedade de modo que possa auxiliar em seu real crescimento.
7. Compartilhe idéias, conhecimentos, projetos, bens.
8. Mesmo sem dom, busque a arte.
9. Trabalhe pra viver e não viva pra trabalhar.
10. Seja simples.

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Utilidade do meu ego

Só penso na música e nas minhas relações com o meio
Minhas viagens imaginárias independentes de dinheiro
É o que me faz bem
Não quero ser mais um a viver pra trabalhar
Acredito só no bem
Mal só existe pra quem não sabe aproveitar

Mas o dinheiro é necessário, claro
Sem ele, eu só poderia viver numa praia de nudismo
Nada mal...
Opa! Volte ao mundo real

Aqui eu quero o mínimo pra viver e brindar
Não vou contribuir com o "crescimento" de nada e ninguém
Mas não devo atrapalhar

Inútil!

É o que me sinto as vezes
Daí vou dormir
E outras imaginações começam a vir

Inútil!

Ah, pelo menos escrevi.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre clichês

    Queria entender porque existe uma negação a tudo aquilo entendido como clichê. Um dia escrevi sobre amor e me criticaram falando que o dito já é sabido, mas, e aí? É invalidado por isso? Acho que não. Mas vamos ver um outro lado, deixando essa idéia apenas como ponto de partida.

    Por definição, clichê é uma idéia previsível devido a sua grande frequência. Pensemos, então: Sempre que acontece a morte de um artista, por exemplo, todo mundo se sente abalado e fala que ama, que era excepcional, vai fazer falta e que a morte foi uma injustiça. Ok, esse ponto não parece legal, mas se repetirmos isso de forma mais geral, quando morrer qualquer cidadão comum? Se nos revoltassemos com um ato violento contra alguém que não fosse próximo? Associo isso a uma idéia que desejo muito se tornar um clichê: Se todos acreditarmos na utopia, ela virará sonho e, assim, poderá ser realizada. Frases-clichê passadas pelo mundo, como "basta, queremos paz", estariam mais próximas de uma concretização.

    Sobre o final-clichê das novelas, o mocinho casando com a mulher amada e o vilão na prisão ou na miséria... "Ah, isso só acontece em novela!". Novelas são retratos da realidade em muitas vezes, mas por quê só enxergamos isso quando se passam cenas como brigas, preconceitos? Vou além. Se com as brigas o desfecho se dá por felicidades, seguindo uma lógica (roteiro da novela), na realidade pode ser igual (destino da vida). Enfim, é acreditar e fazer com que as "ilusões" se tornem universais para que se concretizem. Clichês poderiam vir para o bem.

Por Leonardo Muniz.