quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Redenção

    Não consegui. Já voltei a escrever. Eu não sou esse cara que está em mim, no sentido de pensar apenas em trabalho para conseguir dinheiro para umas realizações e ser "feliz" pondo em jogo suas verdadeiras vontades. Não, eu sou o cara "feliz por nada". Eu me esforço pra escrever algo, por mais que pareça inútil. Quero música: o grave do baixo, solo no violão e feeling. Podem me achar um verdadeiro vagabundo, mas sinto que evoluo muito mais espiritualmente e isto reflete no intelecto. O ser humano ainda tem visão de que o saber é aquilo produzido na escola ou faculdade. Talvez por isso exista tanta gente ignorante. Há saberes e o da escola é apenas um deles.

    Escola e faculdade, de modo meio grosseiro, são papéis para se conseguir emprego e uma melhor condição. Pergunto: O cara fechado aos estudos tem maior saber que o artista de rua, por exemplo? Ambos tem capacidades intelectuais, mas o segundo não teve base alguma. É o tal do dom. Quem te parece mais privilegiado? Os papéis não querem dizer nada - quero dizer que currículo é apenas teoria. Óbvio que não minimizo a importância da faculdade e da escola. São essenciais também. Só quero fazer crescer a visão sobre os privilegiados que não possuem privilégios (socialmente falando), independente dos outros.

    Me considero privilegiado por ter família, amigos, namorada, pessoas que me apoiam, me dão amor e tento corresponder ao máximo. Isto me faz crescer. Me sinto privilegiado por ter conseguido entrar numa boa universidade e que contribui com minhas reflexões, tem participado de uma mudança, lembrando, então, sua importância. Corro atrás agora de música, literatura, imagens, arte... Quero descobrir meu dom e, assim, sentir-me privilegiado por completo. "Feliz por nada" não é a expressão que eu deveria ter usado. Espero que tenham conseguido enxergar que temos muita coisa. Vamos rever valores.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 26 de novembro de 2011

Um texto achado: Te ter supera (25/10/2011)

Cansado de falar de amor
De falar do encontro a você
Mas se o amor supera tudo
Falo dele de novo pra me erguer

Amor vencendo o próprio cansaço
Pois na esperança saio à rua
Paro para contar as estrelas
Observo e namoro a lua

Aliás, somos como a lua
Podemos brilhar no escuro
(De novo) Da rua
Onde nos reencontramos

E caminhamos de mãos dadas
É a volta

Será que com o amanhecer você se vai?
Na verdade, não quero saber
Viremos a noite
Nos cansemos agora

Pra trocar no amanhã, a manhã pelo entardecer
Pra acordar já com o luar, virar pro lado e te ver.

Ter você.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"Conversa de botas batidas"

Leonardo Muniz: Ficou de bobeira hoje?
Renan de Assis: Dormi. Isso é ficar de bobeira?
Leonardo Muniz: É. Você já leu meu novo texto? Haha. Tô escrevendo bem pouco, só 3 nesse mês. O último foi "Tô com sono".
Renan de Assis: Aí o blog dormiu.

Posso voltar, mas tem um mundo lá fora.

Obrigado!

Por "um mais um".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tô com sono

    Me pergunto, francamente, por que tanto dizem amar dormir? Tudo bem se a resposta for "ah, eu descanso e não sou atingido por nada". Acho válido, mas lembremos que para descansar e se omitir existem maneiras muito mais produtivas. Eu não quero que ninguém pare de dormir, logicamente. É muito necessário e eu queria ter menos dificuldade em fazer isto. Enfim, uma afirmação que me parece irrefutável é: dormir é a atividade que nós praticamos tendo menor conhecimento possível. A gente fica inconsciente, apaga. Mas se o corpo permitisse, por que eu não dormiria? O desconhecido, geralmente, é o que nos traz medo, aflição, coisas do gênero. O desconhecido é... desconhecido. Então, trago para o assunto um dos clichês mais famosas da vida! Devemos pensar que é arriscando no desconhecido que descobrimos, também, as coisas boas. A idéia de "você já tentou pra saber?". E, assim, entra outro assunto aí: sonhos. Se nunca tivéssemos dormido, não saberíamos o verdadeiro significado de sonho. E de pesadelo também. Sem o sonho do sono, será que teríamos tantos sonhos objetivos de vida? E a questão de pesadelos, cenas ruins passando por nossas cabeças "inconscientes", estas fortaleceriam o que referimos, julgamos, por mau ou bom, o certo e o errado, ou qualquer atribuição de valor a ações do mundo real, não ilusório. Se me disserem "amo dormir porque sempre tenho inúmeros sonhos", vou aceitar.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Cama de madeira, hiperatividade e boa noite

    Vou repousar meu corpo sobre uma "escala menor de infinito". Inúmeras árvores que viraram cama (e outras coisas) e não podem ser mais contadas. Minha alma ha de despertar-se, pois, com este fato não se contenta. Esta inquietação (também entre outras) faz o ser humano viver e lutar, e a luta é trabalho. Trabalhar nada mais é que percorrer uma jornada de cansaço físico, então árdua, mas que deveria nutrir nosso cérebro e alma por aprendizagens, uma recompensa. Seria fonte de evolução. Mas vem aí o Organicismo: trabalhamos como células que fazem o corpo funcionar. Assim se deu o sistema-mundo. Uma minoria "cresce", detem o "poder", nos submete para "enriquecer" sozinho. Rico e poderoso será aquele a alcançar um plano superior. Transcender para ter o olhar de fora e saber depois atuar, fazer o infinito global se reduzir à sua casa. Na verdade, seria reduzido a um laboratório para experiências, mas o homem deve ser mesmo pesquisador. Observar (novamente o olhar de fora) para crescer e, sendo assim pesquisador, a intimidade com as experiências faria o laboratório, pela vivência e apego à sabedoria e o que se desenvolveu lá, se tornar de verdade seu lar. O que há de comum em nossas vidas é o aprender e, com essas palavras, passa um pouco minha inquietação. Posso agora ir dormir e controlar a atividade cerebral até o mundo me chamar (às 6 da manhã pra trabalhar).

Por Leonardo Muniz.

sábado, 5 de novembro de 2011

Não se deve dar título, é só uma marca (Tatuagem)

Não sei mais o que falar
Por não saber em que acreditar
E penso em tatuagens por isso

Parece que ainda existem pessoas
Com o pensamento de que
Tatuados são roqueiros revoltados

Quando, na verdade, são
Pessoas simples e que cairam em si
Se viram de repente diante de uma realidade apática

Colocaram um símbolo no corpo
Pra ter algo em que possa crer
Te fazer continuar

Vai ser na palma das mãos
Um coração e um símbolo da paz
Ou, talvez, dedos entrelaçados aos meus

Não sei
Só queria a idéia de alguém em harmonia
Ao meu lado e de mãos dadas... É isso.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Que nada...

Supero por me manter... Sou vencedor!
Pois, tenho a certeza de te poder dizer ao fim do dia:
Amo você.

Por Leonardo Muniz.

Perdedor também

Chuveiro queimou
Quebrei minha xícara favorita
Cheguei atrasado no trabalho
Esqueci minha marmita

Dinheiro foi embora
Hora extra pra repôr
Trânsito do inferno
Cheguei em casa e o dia já acabou

Sem tempo pra aprender
Sem tempo pra evoluir
Sem tempo pra perceber
Lembrei! Tirei tempo e escrevi

Putz, esqueci de ligar pro meu amigo
"Cara, tenho trabalhado muito, foi mal aí"
"Passo pelo mesmo. Tá tudo bem"
És perdedor também.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Just-in-time and the peace flag - Nova fabricação de armas

A: Take it easy! Don't touch it!
B: Relax, this weapon is special.
C: Oh, is it special, man? So, I'm going to test... now!
A: No!
B: Go. You will see how it's special...
A: Are you crazy?! He will kill us!
(Firing gun)
(Silence)
C: Oh, what happened? Is this "special"?! I hate you!
B: I tried to talk to you...
A: You're fucking crazy, man, hahaha.
C: I'll be back.
B: Tell us when you'll be back. I have to call to Government. They want to know how many "special weapons" are necessary to produce... To extinguish your dirt.
C: We are bigger than you and the State.
A: Shut up! Now, I can see your weakness and I'll get to impose myself in this game.
B: Haha. Let it go. Things will start to change and we'll not need to work hard for this.
C: I'll not be here to listen to you.
A: It's all about time.
C: Haha. Do not be fooled by the Government.
B: Go away... See you.

Yep, there is a peace flag in his gun.

Por Leonardo Muniz.

Diário de uma bicicleta

Cansado de andar por aí
Quero conhecer tudo, sim
Mas estranho é nada me atrair
Me fazer parar

Pernas doloridas
Avistei algo
Calma, espere
Uma bicicleta

Simples, econômica
Companheira na jornada
Parei para olhá-la
Sim, uma bicicleta

Andar em uma me faz sentir liberdade
Pedalar sem as mãos devido ao equilíbrio
Parei por você e andarei por você
Hemos de traçar nosso destino

Eu e minha bicicleta
Histórias sobre duas rodas
Com muito vento me batendo
E agora também paro em mirantes para ver o Sol nascendo.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 9 de outubro de 2011

Refletindo num domingo...

    A semana acaba no domingo, mas começa também. E é como em todo fim, há uma tristeza que é convertida em felicidade pela lembrança do que passou, destruída, mas também convertida à construção de caminhos melhores que os anteriores. Mas como são fins, são finitos, logo, chegará o dia em que a (re)construção será impossibilitada. Assim, a evolução necessária é uma transcedental, para um outro plano, que caiba somente à imaginação (ou à alma, pois, creio que haja uma vivência sem qualquer materialidade - como seria?). Enfim, é uma nova etapa para progredir em outros sentidos. Me desapegar de certas coisas para me encontrar mais e, então, alcançar uma longevidade.

    Como no meu primeiro texto, intitulado "Um" e que fala de entrar para a música, eu poderia buscá-lo parando de escrever para o blog. A música não se apega ao material, ela retrata a alma e é propagada no ar. Não há nada tão natural. E todas as minhas histórias utópicas virariam sonhos. Sonhos a serem realizados, diferentemente das utopias, que são inalcançáveis. Vocês estão cansados de ler isso, eu sei. O blog marcaria, portanto, uma importante parte da minha vida, a que e me abriria mais à música, a qual encerraria transformando o sonho em realidade (por que não?).

    "Como será" e "Por que não?" são indagações do meu domingo e assim que vou fechar. Fim do texto: começo do seu pensar.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Parabéns! #1anodeUmMaisUm

    Em um ano de blog, todas as coisas que falei: ciência, arte, fé, crença, verdade, ser criança, estar em paz, ser pleno, estar parado e recomeçar, sobre sociedade e pesquisa, a cidade, a vida, sobre clichês, sentir, amar... Falei de geografia, de tudo, nada, tentar, o medo, a experiência, inspiração, ironia, mundo, coletividade, fotografia, alienação, música, comoção, realidade, carnaval, histórias de papel, solidão, ser, tédio, trilhar, equilíbrio, frio, símbolos, sono, nossas culpas, chuva, lutar, o tempo, a teoria, a indiferença, água, o celebrar, prioridades, cinema, acordar, felicidade, valorizar o que parece pequeno, razões, plano superior, pensar, compor, criar, nascer, brigar, sonhar, acreditar, e filosofia, utopia, religião, números... Eu falei coisa pra cacete. Se você continua lendo, olha... Obrigado, viu?

Por Leonardo Muniz.

Estatísticas em 1 ano (até o momento desta postagem)
Número de postagens: 119.
Número de visualizações: 6.634.
Texto mais visualizado: O romance de Ramirez (130 visualizações) (texto do mês de Julho).

    Obrigado, de novo.
    E, falando em "de novo", também escrevi coisa repetida nesse 1 ano...
    Vai que cola.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Escrever nada, humanos, preconceito, petróleo e ser índio

    Muitas vezes eu falo, falo e falo, mas não falo nada. Queria que vocês me ajudassem. Queria interação. Queria que tivessem gosto pelo mesmo que eu. Mas... é, devo aceitar as diferenças, logicamente. E, falando em diferenças, só pra implicar mesmo com vocês, vou criticar um argumento que é contra preconceitos. Eu sou contra preconceitos, apesar de ter os meus, como todos tem, mas percebo um argumento falho contra os preconceitos. Enfim, vamos lá...

    "Se todos fossemos vistos de forma igual (por sermos seres humanos), não haveria conflitos religiosos, ideológicos, territoriais, etc., pois nos aceitaríamos".

    Se no meio do oceano que divide nossos continentes houvesse um poço de petróleo, nós, sendo iguais, quereríamos o petróleo da mesma forma. Eu quero pra mim. Você pra você. Ou seja, seria injusto um dos dois ter posse do poço e seria insatisfatório a ambos dividir igualmente, porque, vejamos, pensamos igualmente, queremos o petróleo apenas para nós mesmos.

    A paz só vai existir no dia em que não tivermos apego material: após a morte. A gente é humano e capitalista. Os socialistas são capitalistas. Existe mercado, preços, salários, e tudo isso muito necessário. Deixou de ser índio, fodeu.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A esperança na música

Sobre esquecer o que nos rodeia
Sobre lembrar o que passou
Sobre o modo que poderia ser
Sobre transformar em arte o que me restou

Para guardar
Para esconder
Para mostrar
Para entender

(O que nos rodeia)
(O que passou)
(O que poderia ser)
(O que me restou)

Diz que não falo nada
Talvez seja por isso
Preciso de um complementar
Então, seria tudo

Queria parar
Conseguir uma grana e me mandar
Criar meu mundo de canções com você
Na praia a noite ou na rede, nós 3 e o Ukulele.

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Visão de mundo, visando o mundo

Adultos falseiam para conquistar
Crianças conquistam por expressar verdades

Na verdade só acredita quem é criança
Envelhecer é perder tempo
Necessidade é voltar no túnel
A gente só faz merda

Necessidade é voltar ao túnel
A luz no fim é símbolo de esperança

Símbolos carregam identidade e ideais
Mas nada é seguido por completo

Falsificação ao lado da verdade
Túnel sem saída
Ali a ciência, alá a fé
Raciocínio lógico e crença transitando e se esbarrando

Simbologia concretiza o que gostaria seguir
Seguir símbolos é racionalizar a fé

Verdade é a transação e atrito, nada absoluto
É nossa confusão e necessidade em complexar a vida
Transceder e ver qual é
Agora ficarei quieto e seguirei de pé.

Por Leonardo Muniz.

Paz

O equilíbrio nem é difícil de alcançar
Chego puto, calado, cara fechada
Mas é só ouvir uma boa música e dançar
Essa cara nada mais é que faixada
De uma pessoa que tá fugindo pra amar

Tudo tranquilo, na paz, sereno
É reabilitação do meu ser pleno
Cheio de esperança de que tudo vai mudar
Desejo o que há de bom a meus amigos
Sorte a todos nós
Ao mau olhado, azar

Compomos o mesmo mundo
Vivenciamos o mesmo lugar
Demo-nos as mãos
O planeta hemos de salvar.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 18 de setembro de 2011

O ator social no Sistema

    Acabei de ler um artigo científico de Rodrigo Maia(?) sobre os neo-hippies. Achei interessante. Posso dizer que tenho gosto por estudos relacionados ao homem, ao ator social e seus reflexos no espaço. Pra quem quiser ler, o URL: artigocientifico.uol.com.br/uploads/artc_1153762000_56.doc

    O artigo fala basicamente da incorporação do estilo hippie à moda pós-moderna, o que implica certa interação da onda de paz e amor com o chamado sistema. Eu diria que os neo-hippies são pessoas que amam a liberdade, querem a paz, mas tem os pés no chão e, consecutivamente, a consiência de que o sistema é algo maior. As modas vem e vão inseridas sempre no meio urbano e, como trata o artigo, de forma a "destacar-se" na sociedade, temporariamente.

    A minha reflexão foi além disso, se deu pelo citado gosto por estudo social. O artigo é voltado à publicidade.

    Acho que, se todos apenas estudássemos, o mundo seria mais igualitário e ainda corresponderia as diferentes classes. Os gananciosos enriqueceriam mais e os "desapegados" produziriam mais, sem a necessidade de limitar o estudo pra trabalhar em algo enriquecendo outros. Distribuindo um computador com rede para cada família se empenhar nisso já apresentaria muito crescimento. No artigo, a conclusão é uma citação que olha pra isso, mas é fato de que muitos lugares são completamente esquecidos:

    "Ainda citando o escritor Alejandro Rozitchgner, ser neo-hippie quer dizer, informal, aventureiro, pesquisador, meio roqueiro, esteticamente livre; é entender que há algo que pode ser feito perfeitamente dentro do sistema e algo que constitui uma contribuição ao mesmo."

    Volto (de novo, de novo e de novo) ao ideal de utopia: Se todos acreditarmos, vira sonho e se pode realizar. Todo homem como pesquisador: pessoal da tecnológica inovando computadores ou quaisquer técnicas e instrumentos de auxílio; das ciências naturais conhecendo e repassando o mundo aos demais, controlando de certa forma; das ciências humanas estudando nossas ações sobre o espaço social; arquitetos interferindo em formas inanimadas e biológos em seres com vida; etc. Não seria um sistema?

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fernanda

Pareço não ter nada
Meto o pé pela estrada
Com tudo
Carro velho, meu amor, minha criança
Já vejo nós três e o violão na rede que balança

Esse é o destino planejado
Praia, montanha e você do meu lado
Simplicidade, atitude
Pensamento, plenitude
Sonho realizado

Devemos acreditar e não temer a vida
Promessas são desfeitas, mas crescemos com cada ferida

Nos ajudamos desde sempre
O amor é a cura
E vem (novamente) por canção
Scar Tissue, Misunderstood, Dare4distance, So far away
E, assim, chegamos à Redenção

A vida parece dura pra que enfrentemos cada obstáculo
Para fazermos daqui
Junto da natureza
Um lindo espetáculo
Com alegria, luz e amor

Com muito vento, corremos na areia e caimos
Rolamos abraçados
Assim gera-se o calor
Pela união e o sentimento jorrado por meu coração.
Companheirismo, não existe dor.

Anda, Fernanda! Vem!
Aprendi a pensar no agora
Anda, Fernanda, meu bem,
É chegada nossa hora.

Por Leonardo Muniz.

Egolir*

Monstros da cidade perdem as forças
Natural a maior parte da matéria
Com sangue quente entre as veias e artérias
Entram em pânico no campo

Ambiente modifica o homem em 1 segundo
O homem deve criar condições para mudar assim o ambiente
Até o dia da verdadeira revolução verde
Mato personificado, pois, engolirá gente

Ego, ganância, ostentação e vaidade em segundo plano
Outra questão a ser pensada pelo agricultor urbano
Que cultivou erroneamente uma experiência
(Só com medo lembrou da fé)
E agora vai estudar a filosofia das religiões e da ciência...

Por Leonardo Muniz.


* Egolir seria "engolir o ego".

Como não ser um milionário I

1. Não passe por cima de ninguém.
2. Não aceite as desigualdades do mundo.
3. Lute por ideal, por paz e por amor.
4. Largue os vícios tecnológicos.
5. Seja politizado, mas não um político.
6. Estude a sociedade de modo que possa auxiliar em seu real crescimento.
7. Compartilhe idéias, conhecimentos, projetos, bens.
8. Mesmo sem dom, busque a arte.
9. Trabalhe pra viver e não viva pra trabalhar.
10. Seja simples.

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Utilidade do meu ego

Só penso na música e nas minhas relações com o meio
Minhas viagens imaginárias independentes de dinheiro
É o que me faz bem
Não quero ser mais um a viver pra trabalhar
Acredito só no bem
Mal só existe pra quem não sabe aproveitar

Mas o dinheiro é necessário, claro
Sem ele, eu só poderia viver numa praia de nudismo
Nada mal...
Opa! Volte ao mundo real

Aqui eu quero o mínimo pra viver e brindar
Não vou contribuir com o "crescimento" de nada e ninguém
Mas não devo atrapalhar

Inútil!

É o que me sinto as vezes
Daí vou dormir
E outras imaginações começam a vir

Inútil!

Ah, pelo menos escrevi.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre clichês

    Queria entender porque existe uma negação a tudo aquilo entendido como clichê. Um dia escrevi sobre amor e me criticaram falando que o dito já é sabido, mas, e aí? É invalidado por isso? Acho que não. Mas vamos ver um outro lado, deixando essa idéia apenas como ponto de partida.

    Por definição, clichê é uma idéia previsível devido a sua grande frequência. Pensemos, então: Sempre que acontece a morte de um artista, por exemplo, todo mundo se sente abalado e fala que ama, que era excepcional, vai fazer falta e que a morte foi uma injustiça. Ok, esse ponto não parece legal, mas se repetirmos isso de forma mais geral, quando morrer qualquer cidadão comum? Se nos revoltassemos com um ato violento contra alguém que não fosse próximo? Associo isso a uma idéia que desejo muito se tornar um clichê: Se todos acreditarmos na utopia, ela virará sonho e, assim, poderá ser realizada. Frases-clichê passadas pelo mundo, como "basta, queremos paz", estariam mais próximas de uma concretização.

    Sobre o final-clichê das novelas, o mocinho casando com a mulher amada e o vilão na prisão ou na miséria... "Ah, isso só acontece em novela!". Novelas são retratos da realidade em muitas vezes, mas por quê só enxergamos isso quando se passam cenas como brigas, preconceitos? Vou além. Se com as brigas o desfecho se dá por felicidades, seguindo uma lógica (roteiro da novela), na realidade pode ser igual (destino da vida). Enfim, é acreditar e fazer com que as "ilusões" se tornem universais para que se concretizem. Clichês poderiam vir para o bem.

Por Leonardo Muniz.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um viúvo sem título

Como a calma das flores do campo
Peço a paz pra nós, meu amor
Continuo sorrindo e olhando para o céu
E fingindo não sentir essa dor

A cidade cansou de mim
Descanso
Frustração guardada no peito
Balanço

Como não sentir seu encanto?
Me perdi te encontrando em qualquer canto
O nosso canto no campo
Na rede, com a viola, me espanto

Isso que revivi era apenas sonho
De repente me pego lembrando dos nossos desencontros
Pensei e vi tudo girar
A verdade nunca foi tão indecisa
Mas se eternizou por amar.

Por Leonardo Muniz e Guilherme Holanda.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tá aí *

    O vôo de um bem-te-vi me faz parar e esquecer a tragédia dos comuns. Está tudo bem quando escuto o som sincero de seu canto, mas é a vida que segue e nem sempre posso te ver. Pensemos positivamente, tudo aquilo que nos faz bem passa e fica, é ali no momento em que se sente a paz passageira ao mundo, mas fixa em você. Pacifica por inteiro e não incompleto. Aliás, é incompleto pois precisamos encher-nos de nós mesmos limpando algum passado que nos prende. Temos pela frente um mundo a descobrir. Um mundo nosso por sermos um só. Esse é o Scracho, sou eu e você, e mais uma pessoa, ou duas, três, quatro... Não só do Brasil ou Portugal. E mais five, sei, nana, acht, nueve...

    A música, os sons, a harmonia e o timbre, sim, são uma língua universal. De lá pra cá, não demora muito e estamos conectados com pessoas das mais diversas culturas. Conhecemos mais a fundo, esquecemos os estereótipos, pré-conceitos, conhecemos o lado bê de cada fragmento da sociedade. Aliás, fragmento por quê? Todos somos iguais, todos nos reunimos em uma sala de jantar ao fim do dia, que é relativo a seu tempo, pois, o fim nada mais é que a necessidade de um novo começo. Outro passo a ser dado. Outra conquista. Novamente: um mundo a descobrir.

Por Leonardo Muniz.

* Mundo a Descobrir é o novo álbum da banda Scracho (http://www.scracho.com.br/mundoadescobrir/), que faz um som muito agradável, verdadeiro. Acessem e façam o download. Em itálico as faixas (em ordem) e o título do álbum.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mas, o que é o amor? Parte III

    Pra variar um pouco, vim falar de você. Um ideal se concretizou devido a pequenos gestos e... Qualquer tentativa de complexar o que se passa será falho. Nova visão do amor. O que parece inexplicável a todos pode ser assim por esta necessidade de dar beleza em palavras pelo fato de ser tão belo em sentimento. As coisas mais simples são as mais sinceras por se apresentarem em essência. Sobrepor sentimentos falseia o mais real. É isso, simplicidade. Amar é ser dois em um. Sorrio, brinco, luto, olho, dramatizo, sorrio de novo, dou a mão, caminho, escuto, canto, encanto, até desanimo (às vezes), reanimo (sempre), beijo, abraço, carinho, afeto, amparo, visito, outro sorriso, sinto, tudo isso por mim e por você, pra mim e pra você. Aquela idéia de amor guardado no subconsciente e tal é até bonito, mas desnecessário. Vou tentar simplificar ainda mais. Teste do amor, imagine esta situação:

    (Silêncio).
    - Minha linda, olhe pra mim.
    - Hm, tô olhando...
    - Agora sorria.
    (Diz já sorrindo).

    Você cai. Se não rir, sente ao menos a verdade e perde o olhar. Dentro dessas possibilidades, afirmo: é um amor. E digo UM amor, não por existirem vários, mas por medo de tua reação ser diferente das que usei pra definir essa coisa aí que passo pra ti por ti pra mim por mim. Essa coisa aí mesmo...
    Ah!!! Eu te amo.

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

- A vida é foda

- Vida "muito foda, caralho, como sou feliz e amo geral!" ou foda de vida de merda?
- Foda de boa, mas fazemos virar uma vida de merda.
- Como assim?
- A vida é muito boa só por termos a oportunidade de vivê-la. É aquela questão de se ligar nos pequenos detalhes e acabar sendo "feliz por nada". Mas é gente passando por cima de gente, luta por status, injustiças, violência, e isso torna a vida uma merda.
- Hm, concordo...
- E sabe qual a saída?
- Não, fale...
- Uma coisa bem chata chamada Egoísmo. Tocar o foda-se pro que tá acontecendo por volta e viver a sua felicidade.
- Eu não acho que seja fácil tocar o foda-se pro que tá acontecendo por volta. Como é que tu vai viver a tua felicidade e tocar o foda-se pro sofrimento dos outros, etc? Não que tenha uma solução pra isso tudo que tá acontecendo, mas sei lá...
- Entendi, mas "tocar o foda-se" que digo é pras coisas que estão acontecendo pelo mundo, com pessoas que não te interessam, vamos dizer assim... Tu só ajuda quem te ajuda, só quer bem quem te quer bem e, se não tá contigo, pode queimar. (Risos). Mas é difícil, claro. Escroto... Acho que uma expressão boa, ao invés de "egoísmo" ou "tocar o foda-se" é "ter indiferença"... Melhor ainda, "se omitir".

Por Leonardo Muniz e Julia Cordeiro.

domingo, 14 de agosto de 2011

O cara

Não posso provar tua existência,
Mas te posso sentir.
Não és um fato,
Mas, por estar presente sempre em mim,
Pode entrar em meus relatos.

É... Teu poder,
Tua onipotência...
Estou longe de relatar tudo,
Só tu consegues.
Mas não fico mudo.

Se estás em mim, converso contigo.
No inferno ou paraíso,
Provando ou não que existes,
Adoro a ti.

(Lembrem-se, dizer que Deus não existe também é crença, afinal, não se pode provar isto).

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ser

Somos mais que um rosto e uma roupa
Mais que peças de uma máquina
Mais que homens que trabalham e agem

Somos um núcleo
parte do interior em que ficam características intocáveis
Seria (somos) a nossa essência

O resto apenas está
O resto pode modificar-se a qualquer momento
O estar é temporário

O ser é constante
Você é o tempo inteiro
O ser é eterno

O corpo um dia irá, mas o ser fica
Sentiu?
Amou [...] Amor.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sim, foda-se

- É, guria, tu só sabes me tirar...
- Imagina...
- Me tirar o sono.
- Ô, drama!
- Aprendi contigo.
- Ah, é...
- Adora um charme.
- Adora me imitar.
- Gosto de ti.
- Nunca sei o que falar.
- Mas sabe o que quer?
- Duas coisas...
- Dinheiro pra construir nossa casinha em frente ao mar e um final juntos.
- Acertou. E eu não sei como tu me aguenta.
- Tu é insuportável mesmo.
- Só eu posso falar isso.
- Mas nunca fala nada.
- De novo isso? Chega.
- Foi assim que eu soube o que tu queria.
- Tá, mas para com isso. Pensa no presente.
- Tá, vou escrever.
- O que?
- Não sei. Tô entediado.
- Eu também.
- Vamos nos ver?
- Não vai dar.
- Vou te pertubar.
- Chato.
- E você insuportável... Mas eu aguento.

Por Leonardo Muniz e Fernanda Cunha.

sábado, 6 de agosto de 2011

A natureza estava aqui para ver

Caiu a luz em meio a noite
Barulho da chuva e uma lanterna
Tudo que tenho
Mas, com esta, busco folha, lápis e desenho

Inspiração? Barulho da chuva a essa hora...
Me lembra uma canção
Em que fala de ser, sentir e amar
E o que tem a ver?

Encontre seu ser
Ao sentir o luar
Ame a você
Quando a chuva passar

Sempre que ela cai, tu também és derrubado
Não sabe viver sem os modernos aparatos
Responda-me, ator:
Sabe como eram as coisas no passado?

Por Leonardo Muniz.

sábado, 30 de julho de 2011

Fórmula da felicidade, Parte III: Fins do início

    A vida é o início do fim pra quem quer. Vamos morrer, sim, mas nem por isso precisamos antecipar a data, fora que esta morte é apenas material, pois, seus sentimentos e espiritualidade permanecem com seus reais amigos (família, namorada, etc.) ainda em vida. O objetivo aqui é ser plenamente feliz, ou seja, ter no fim um somatório de felicidades. Se achas ainda ter felicidades a somar, o tal fim é o pontapé inicial para as que virão. A vida é feita, então, de fins de começos.

    Pra buscar felicidades, atenção nos "pequenos grandes detalhes". É clichê, mas a gente esquece de dar valor às coisas simples, que são essenciais. Lembre que tu tens amigos, nem que seja um só, pois, se existe, é verdadeiro. Lembre que tens família, nem que seja por criação. Lembre que tens vida, nem que seja aos trancos e barrancos. Ajuda uma senhora a atravessar a rua ou a pegar o gato que fugiu da casa do vizinho. Ama o que corresponde o teu amor.

    Enriquecimento material é finito. Ações com seus respectivos valores morais (que são carregados por algum sentimento) ficam, passam gerações... Acredito nisso. Na utopia. E, se todos passarem a acreditar, a utopia vai virar sonho, e sonhos são realizáveis. Sem mais explicações, digo que sou feliz. E já sei qual próxima felicidade quero para atingir a plenitude. Tenho muitos amigos, uma família que me apoia, estudo em boa universidade... Me falta você ao lado para caminharmos e construirmos nova vida. É isso...

Por Leonardo Muniz.

domingo, 24 de julho de 2011

Marcha contra marchas

    Todos concordam que o povo é governado, certo? Logo, o povo não é governante, o que contraria o termo Democracia. Pois bem, diante disso é reforçada a idéia de submissão ao Estado e, devido ao poder que eles têm, checamos certa repressão. A prova disto: spray de pimenta e bomba de efeito moral sobre o cidadão que protesta por direitos.

    Me parece que protestos como as marchas são desnecessários porque, além da repressão sofrida, luta-se por um direito, não se obtém o mesmo e ainda é perdido outro, a liberdade, a voz. Manifestos têm cunho político, mas a política em si é algo bem maior. A luta não deve ser pela rua tomando porrada de policial. Muitos intelectuais esquerdistas defendem que "ninguém mais vai às ruas!" e penso que eles deveriam usar a influência que têm para levar alguém que representasse de verdade no Planalto. É utópico pensar em um cabeça de marcha (que só a promoveu quando foi atingido diretamente) para subir em Brasília. Esse tipo de cidadão, pra quem já tá no comando, maioria, é como um palhaço, trabalhando o faz rir e, quando chega em casa, chora por não progredir.

    Enfim... Soluções também não tenho, mas exponho uma falha da proposta existente a fim de fazer as mentes democratas pensarem. Como já falei, a política em si é algo bem maior. Pensem antes de ir às ruas!

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sapo sapiens

    Como um sapo, com o passar do tempo marcado no relógio, vou pulando sobre pedras no caminho e terras não muito firmes. Vou, assim, enfrentando as dificuldades, conhecendo melhor o mundo. Anotações, fotografias, anexos, registros de um celular... Não posso esquecer das paisagens que configuram uma relação não só física, mas reflexos de atividade antrópica na superfície. Cada parte que forma o todo, juntando com um simples grampeador, se transforma num grande acervo pra história evolutiva que, em escala gradativa, me faz crescer como "o homem que sabe que sabe", o sapiens. Homo sapo sapiens.

Por Leonardo Muniz.


Obs.: Em uma conversa, pedi à pessoa "diga-me 4 palavras, rápido" e ela respondeu "sapo, relógio, celular e grampeador". Daí foi escrever este texto.

domingo, 17 de julho de 2011

E agora escrevo pra você...

Depois de tantas histórias de papel
Tantas folhas rasgadas
Ou no jardim desgastadas
Consigo encontrar uma bela flor

A primavera nem chegou
O outono se foi a pouco
Com esse vento gelado no rosto
Digo que tenho meu conforto

Já parecia desacreditado
Aquele frio congelante
Fez o coração parar
Mas, de repente, o Sol brilhante
Reanimou e fez acelerar

Mas, calma
Mais calma
Não escreva como a pulsação
Espere aflorar e dance conforme a música
Os novos papéis e folhas virão por canção

Escrevo pra gostar de mim
E te ver dançar depois
Em meio ao mesmo jardim
Palco da história de nós dois.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 16 de julho de 2011

O romance de Ramirez*

    Um alguém melhor é resultado de uma nova matriz dada em sua vida, sempre. Uma menininha mal chegou e vai te esquecer se você continuar a se prender no passado. Me diz: até quando vai deixar isso acontecer? Ela chama "vem me abraçar" e você pensa "sei que ninguém vai mudar nós dois", mas, na verdade, o "nós" não existe mais. Coloque em sua cabeça "o presente só mostra que o passado se foi, e feliz sem mim". Tente deixar pra trás e corra atrás da nova garota:
    - Hey, não vá! Não fique assim... Já foi dado seu desembarque. Agora vou te levar pra casa, deve estar cansada.

    Alivie-se e diga a si mesmo "não sou um só. É a volta do nós (com outro você) e vou aproveitar o que perdi!". Terá um desfile de motivos para ser feliz. Será como bem quiser. Sophia é formada em música. Você em turismo. Agora imaginem a união: o nós ouvindo um countrycore... em Roma e Lyon! A vida seria como a de divertidos desenhos, não é? E não pense que você foi longe demais com essa idéia, mas sim "esse é o melhor do que há pra nós", afinal as frustrações infantis foram esquecidas e vocês conseguiram entrar em novos tempos.

    Então, com a maré favorável, relaxe, escreva uma história bonanza. Seja bem-vindo ao show do viver! Acorde e venha ver o Sol nascer. Como as garotas do interior que, sendo jovens demais, ainda não sabem que a vida é muito mais. Elas devem dar uma despedida seca aos rapazes que as procuram por lá sem amar. E, enquanto isso, peço seu gosto mais uma vez. A mesma história aconteceria com elas se pedissem sempre um pouco mais. Veja como quero te levar hoje... Esse é o fim do começo, na verdade. É quando posso gritar pra você, com você, amor, depois do que aprendemos: Vamos à glória!

Por Leonardo Muniz.


* Ramirez é uma banda carioca que faz boa música e este texto contém o título e a faixa dos 3 álbuns já produzidos por eles. Pra conhecer: http://ramirez.art.br

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dentro do baú (Someone like you)

Por muitas vezes quis escrever
Por muitas vezes sem saber o que
Talvez por sentir muito
Por não sentir
E o porquê?

Preciso dar voz a meu coração
Ultimamente ele está calado
As vezes que fala é pra gritar
"Alguém aí?!"

Não há resposta
Estou fechado
Preciso de alguém como você
Que tenha a chave do cadeado

Guardo agora minhas canções
Nelas que me aprisionei
Vou embarcar a um novo horizonte
Descobrir e gritar
"Coração a vista, jogado em alto mar!"

E se este também for o seu...
É encarar o oceano
E ir nadando buscar.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ecstasy ou café?

Me encontro num difícil dilema
E esse dilema é conceitual
Ainda não sei bem o que é o amor
Será que isso é normal?

Será que o amor
É aquele sentimento imenso?
Ou é aquele moderado,
Porém, com mais senso?

Amor demais é algo doente
Como a própria palavra pode explicar
Ele tende a não ir para a frente
Se é demais, é claro que irá transbordar

Em contraposição, vem o amor moderado
Não tem todo o sentimento do super amor
Entretanto, não tende a zero,
Como o amor desenfreado

Já dizia meu professor divorciado
Um casal sobre um amor explosivamente infinito,
E zero será sempre o resultado

Amor moderado nasce na amizade, da amizade
Nada pode abalar esse sentimento,
Nem a mais forte adversidade

Como eu já disse no começo
Eu não sei o que é o amor
Cada um decide o que quer
Uma pílula de ecstasy para hoje
Ou uma plantação vitalícia de café.

Por Igor Marques.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Trabalho de campo em Geografia

Toda abstração se concretizou
Linhas de pensamento e experimentos
Aplicações e, então, as demonstrações
Vejo tudo que se falou

Produção no trabalho de campo
Conceitos, métodos e técnicas
Juntos a cada passo
Compreendendo e explicando cada recorte do espaço

O que era banal
Pela paisagem e região
Virou local
Conhecido e otimizado
Se dá por gestão o planejamento territorial
Uniram-se as atividades antrópica e natural.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 3 de julho de 2011

Eu continuo a dizer...

    Esqueça o pra sempre, ele não existe. Esqueça o que passou, por mais que você queira ele. Não vai mudar. Esqueça o futuro, pensar nele é ter medo da realidade. É tentar criar novas expectativas impossíveis de serem realizadas para o bem pessoal.
    Falaremos do meu favorito, o presente. Ele é bom. Não há uma maneira plausível de torná-lo como nós desejamos, você apenas vive e fazendo a escolha certa se alegra. E, mesmo com as erradas, você aprende novas coisas para que o próximo presente seja bom.
    Eu continuo a dizer...

Por Kaike Souza.

sábado, 2 de julho de 2011

Agricultor Urbano: Trabalho

Viagens a trabalho
Negócios e o baralho
Cartas na mesa são contas a pagar
Fim de mês é essa beleza
Não há como escapar

Com a cabeça atolada, esqueço o principal
Valor que devo dar à família e a meu animal
De estimação somos nós
Entrelaçados e embaraçados
Saia daqui, pois, preciso ficar a sós

Rotina quente
Vejo dias iguais, muitas repetições
Humanamente?
Impossível reproduzir, sem erros, ações

Ações, viagens a trabalho
Negócios e o baralho
Cartas na mesa são contas a pagar
Para um bando de "lalau"
E, para isso, tem-se a possibilidade da isenção fiscal

Interessante para multinacionais
Interessante para um multimilionário
Interessante pra você
Não pra mim que sou agrário

Volto na assimilação de nosso atraso
Vivo em cidade grande e não desenvolvo
É apenas espaço de submissão e vivência
Agricultura urbana, cultivo de experiência.

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pobre não é bandido

De onde você vem?
Com quem você anda?
Não gosto de ver
Estranhos de minha varanda

Questão de segurança?
Psicoesfera do medo
Grande desconfiança
Já começa desde cedo

6h da manhã vou em direção ao centro
Com a cabeça matutada
Chego a meu escritório
Só vejo papelada

Stress com agonia
Péssimas coisas pra se ter num dia

E voltando pra casa
Por lá você está
Comprarei câmeras de vigilância
Agora vou te monitorar

Vou e volto na paz
Tranquilo e calmo
Rodo a fita
Há algo de errado

Polícia aparecendo no vídeo
O estranho apanhando de uns 5
Injustiça promovida
Eu assisto do outro lado
Nada posso fazer pra ajudar o morador de rua
Só sei de uma coisa: Sinto-me culpado.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sobre tudo ou nada

Sobre tempo e amor
Sobre ciência e arte
Sobre eu e você
Sobre o todo e a parte

Sobre política
Sobre pobreza
Sobre polícia
Sobre nobreza

Sobre o verdadeiro e o falso
Sobre o certo e o errado
Sobre a ética e a moral
Sobre um sentimento leal
e a felicidade

Sobre histórias
Sobre contos
Sobre poesias
Sobre geografias

Sobre nascer e errar
Sobre aprender e crescer
Sobre repassar e ampliar

Sobre sonhar e acordar
Sobre dormir pra voltar
Sobre parar pra pensar

Sobre viver
Sobre voar

Sobre olhar e perceber
Sobre lutar sem temer
Sobre todas as coisas que lembrei
Sobre todas as coisas que posso esquecer.

Por Leonardo Muniz.

Pode ser

Conselheiro sou
Pra você, meu amigo
Pois eu mesmo nada sigo

Não dá pra sistematizar meus passos
Sou agente interno
E me encontro em diferentes espaços

Devo, então, encarar sem medo
Aliás, sempre dou esse conselho
Não pra mim que pratico o desapego

Vai burlar seu próprio pensamento?
Não sabe quem és...
Precisa responder rapidamente ao momento

Confusão
Angústia, agonia, medo
Vá sem ter visão

Feche os olhos que é correr e aceitar
Não tão rápido, nem lento
Alguém pode se machucar

Olha o medo de novo
Impossível largar
Cara, sai da defensiva e seja o primeiro a amar!

Por Leonardo Muniz.

sábado, 25 de junho de 2011

Paz e guerra, bem ou mal

    Estranho é viver em um mundo onde se quer alcançar a paz através da guerra, sendo um mesmo mundo que as coloca como opostos que não se podem associar. A paz e a guerra dependem uma da outra. Sem paz, o mundo seria totalmente conflituoso. Sem guerra, a paz seria banal e o ser humano não daria valor. Com guerra, se quer paz. Com paz, se quer guerra. Sim, é de nossa natureza. Somos egoístas, não queremos que outro tenha controle do que poderia ser meu e a paz que desejamos é a nossa. A exemplo temos os EUA, que fazem guerra por controlar e pela idéia forjada de sofrer ameaças, basicamente, e o cidadão comum que cansa de ver nos telejornais crimes ultraviolentos, mas só pede a tal paz quando a violência se volta a alguém mais próximo dele.

    Idéia: Se é de nossa natureza, vamos usá-la sem precisar expor, afinal todos já sabem que somos egoístas. Fazer isso nem é complicado. É buscar a paz interior, que traz a calma, a paciência e o equilíbrio, coisas não muito faladas, mas que nos mantêm dentro das situações sem que nos abalemos. É diferente de se omitir. O homem com calma está lá, pensativo, e não deixando a raiva crescer devido o equilíbrio que vem da paciência. Um dia vai se esgotar, claro, mas a busca é por tentativas e não por mudança. Mudança te faz ser o que não é, a raiva cresce de você pra você mesmo. Tentativa te faz agir como você queria mas não consegue. Bem, com tentativas sempre, agirá como sempre quis também, o não conseguir aparecerá um tempo, mas demora. Se não der, tenta de novo.

    Posso tirar disso aí que o mal não existe. A questão é saber usar o que parece mal. Alcançar a paz guerreando com quem é contra poderia ser exemplo, mas é bem contraditório. Vamos usar o egoísmo pra buscar paz interior, pois, se todo mundo fizer isso, todos se contentarão com o que têm e vêem e, assim, mesmo não sendo perfeito, o mundo viveria em certa harmonia e felicidade.

Por Leonardo Muniz.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Agricultor Urbano: Faculdade

Escolha ou melhor interpretação?
Pelo que quer ou maior capacitação?
Propriedade, talento e dom
Tu tens a arte, moleque bom!

Escolha ou melhor interpretação?
Pelo que quer ou maior capacitação?
Mede esforços, essa é a base
Corre atrás. Abraço, enlace

Toda oportunidade que houver nesta vida
Não deve desprezar, pois vai virar uma dívida
Na dúvida, uma dádiva. Você deve agarrar
Não perderá nada com isso, vai aprender pelo errar

Não é sua praia, então foi perda de tempo
E os fatos sociais? Com eles sua vivência
Agricultor urbano...
Cultivo de experiência.

Escolha pelo que quer
Será uma nova vida ao lado de pessoas bem queridas
Pelo que fazem ou já fizeram
É um contato importante pra alcançar o sucesso.

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vou envelhecendo

Cresço e amadureço
De certa forma, não
Às vezes me sinto mais bobo
Tudo bem, antes eu tinha medo de monstros
De cachorro e de gente famosa

Sim, eu tinha medo
E, hoje, tenho é da rua
A mesma que foi minha área de lazer por anos e anos.
Tenho medo do ser humano
Tenho medo de mim!?

Sei parte dos fatos dos anos vividos
Nada sei do futuro
Com medo de mim, terei cautela
Caminharei calmamente
Chegarei lá

Meus próximos anos me esperam
Objetivos a alcançar e medos a superar
Outros a surgirem para que eu sobreviva.
Sem saber quem eu sou, digo:
Meu medo me disciplina.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sendo sempre parciais

Vá com calma
Deu-se apenas um passo, mas
Pode ser perigoso seguir.
Evolução gradativa
Revolução efetiva
Novo paradigma
Por qual caminho ir?

Pontapé inicial
Apoio e orientação
Jornada científica
Levante a problemática e siga com a razão
Faz-se isso em qualquer vida
Não há diferenciação

Conceitos, métodos e técnicas
Nomes, modos de ser e de agir
Não é uma viagem
É assimilação e aplicação na realidade
Atingir-se-ia uma totalidade?
Lembre-se que tudo é parte do todo
Análises sem emoção...
Deve-se haver uma reconsideração

Considerar-se parte do todo envolve o interior
Sua máscara material começa a cair
Aí sim a realidade
E a totalidade por si
O homem é alma e está num corpo
A montanha também tem sua composição e sua parte exposta
Mas já íamos esquecer as relações naturais na baixada e no topo

Relativismo e interação
Com o todo desconhecido
Volta-se a uma investigação
Cada um com seu interesse
Com papel ou iPad na mão
Analisar o que me importa
Não abrir a porta
Ganhar nomeação
Sem o outro estudo dado num mesmo local
Tem-se a ineficácia informacional.
Enriquecer-se sem colaboração
Esse é o homem
Cientista não.

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O poeta que aprendeu a amar

Espalhadas pela sala
Fotos em escala de cinza
Cinzas de um cigarro
Sua fumaça misturar-se-á ao vapor
Trago-me café, por favor.

Dia nublado
Olho pro lado
É tudo que vejo
Além de meu velho rádio
E um velho blues sintonizado

Vida com vícios e poesia
Apenas
Me completaria
Mas não sou amado
Tampouco amável

Meus retratos são paisagens,
As coisas que sou apegado e luz
Sinto falta de ver alguém
Quem eu não sei
Só queria outro bem

Dedicar-me-ei a fotografar da minha sacada
Ô, grande sacada!
Não vejo nada
A não ser...

Uau, que linda.
Vou observar a menina
Parece tão solitária quanto eu
Usa roupas estranhas mas combinadas
A ela tudo perfeito
E tem uma bolsa escondida no sobretudo

Câmera, caneta e folhas rasgadas ali
Ela me procura
Mas como chegar?
Aumentarei o blues
Aparecerei com a chuva a dançar

Eu e meu chapéu
Molhando-me e sorrindo
Vou buscá-la lá
Acolher pelo tempo frio.
Outro café...

Amável
Aquecido
Apartamento conhecido
Posso fazer nosso retrato?
Agora não sairás de meu lado.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sobre a União Homoafetiva e a Homofobia

    Eles têm o direito da opção sexual e nós temos o de não achar que esta seja a melhor escolha, o que NÃO implica num direito de desrespeitá-los. O assunto não devia ser posto em jogo político, não só pelos inúmeros problemas relevantes que todo país enfrenta, mas pelo fato do homossexual ser gente/cidadão como o hétero. Uns pontos:

1) Se podemos nos unir, eles também podem.
 
    - Não são como nós. Gostam de pessoas do mesmo sexo! 
    - Já pensou se todos nós nos atraíssemos pelas mesmas coisas? O mundo estaria acabado em guerras (ainda mais).
2) Homossexuais não oferecem qualquer tipo de perigo à sociedade.
 
    - Acho perigoso passar do lado de um gay em uma balada. 
   - O mesmo que oferecemos às mulheres. Parece bobeira falar isso, mas há quem discuta.
3) Todos estamos condenados a sofrer algum tipo de violência, a homofobia é apenas uma categoria delas.
 
    - Mas homofobia é humilhação. Desrespeita-se e tiram-se direitos pela opção sexual. 
    - Então, é apenas por motivo diferente. Imagina se for separado o olhar sobre cada tipo de violência... Se perderia mais tempo com as "classificações" e os processos da Justiça ficariam ainda mais lentos. 
    - Mas homossexuais formam uma minoria.
    - Sem hipocrisia... Todos somos diferentes (minorias que formam um todo) e os pobres, por exemplo, que parecem maioria, são dos que mais sofrem na sociedade.
 
    Em resumo: Por ser apenas uma opção "diferente", a união homoafetiva deveria ser um direito (opção) também. E a homofobia é uma violência que deve, sem preferências, ter sua atenção.

    Um outro ponto dentro deste assunto, dado pelo jogo político, é sobre os kits escolares anti-homofobia, os quais sou contra por dois motivos:

1) Escolas suportam crianças, que têm a mente ainda em formação. A educação deve ser dada, então, de maneira geral, como um todo, ou seja, devia ser passado a elas que respeitem as diferenças e ponto.
2) Aquelas crianças que já tiveram alguma orientação sobre o assunto, devido à manipulação, poderiam tornar as coisas mais extremas. Não descarto a possibilidade de influenciar a opção de uns. E o ponto mais extremo, então... Os que foram "educados" a recusarem o homossexual seriam induzidos a rejeitar ainda mais, devido a idéia explícita de diferença e pelo pensamento infantil, logicamente, de "isso tá errado! Odeio viado!" (passada por uns pais, acredito eu).

    Enfim, isso reforça que este assunto não deve ser colocado na política, idéia que, por sua vez, apóia o ponto principal: Apesar de diferentes, todos somos cidadãos (iguais perante a lei).

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre a Legalização da Maconha

    A legalização da maconha, ao meu ver, é algo que não deve ser resolvido tão cedo (por mais que pareça tão tarde). Existem inúmeras argumentações contra e a favor, sendo muitas delas incontestáveis. 

    Penso que deveria ser liberada devido a existência de outras drogas legais e que parecem piores que a maconha. O álcool, por exemplo, já é de uso banal e causa inúmeros tipos de violência, como a de trânsito, agressões e até assassinatos. Desconheço índices pelo uso da "erva proibida". Cigarro comum causa câncer de pulmão, boca...

    Um argumento muito falado que é a favor e me parece falho: o tráfico, talvez maior problema pra segurança pública no país, diminuiria. Digamos que possa acontecer de diminuir (o que já não acredito devido a cocaína, crack...), mas, se o mercado da maconha sair do poder de traficantes, eles vão simplesmente virar desempregados? Piada, né? Os tais bandidos deverão buscar outras ocupações, as quais não temos conhecimento ou previsibilidade alguma. O desconhecido e imprevisível é o maior gerador de medo.

    Existem outras argumentações contra a legalização ainda, porém, me questiono: Será justo deixar na ilegalidade devido os riscos algo que apresenta mais "positividade" que produtos que podem ser consumidos por lei? Pode-se falar que sim, pois, seria um risco a menos, mas que proibissem, também, a cerveja! Visão radical demais e que não agradaria nem os nossos representantes, né, Lula? E se vocês estão pensando que não cheguei a conclusão nenhuma... Parabéns! Essa é a idéia!

    O assunto é delicado demais, como falei, e se trata de mudança constitucional. Lei, Poder do Estado, Nação, políticos e civis. Coisa séria.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 29 de maio de 2011

Hi-a-to, parte III (Dedicada aos verdadeiros)

    Se for pra continuar estagnado, que seja assim ao lado de quem corre comigo. Meu ciclo se dá em voltar sempre aos amigos de fé. Não me esqueço de vocês, pois, não esquecem de mim; estamos juntos sob qualquer circunstância. A amizade, aliás, me parece o mais verdadeiro casamento, se diferencia apenas pela cumplicidade voluntária, sem promessa ou voto anterior. Simplesmente se está ali. É o tal amor-amigo, com o qual há...
Evolução de maneira única
Todos amigos evoluiriam juntos.
Aprendo e repasso
Me ensinam e confortam com um abraço

O amor é real
Uma verdade absoluta
Pois, se assim não for
Como, sem pensar com força, dele se desfruta?

Psicológico? Ideal? Crença?
Novamente não explico
Com racionalidade ou não, só digo:
Obrigado por existir, amigo.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Hi-a-to, parte II (Para a "Última vez que falo")

Não posso parar e voltar
Ciclo não é evolução
Tem-se as relações de poder
Domínio e criação
Mentiras e verdades
Com ideologia, possibilidades?
Mistério, reformas
Ministério, estagnação

Nosso PIB per capita é de 10200 dólares
Foda-se, tem gente na rua sem um tostão
A violência viola meu calar à violação
Que calaria a violência
Que não pode calar minha viola
Minha viola que viola a revolta por uma canção
Minha viola que viola o mal neste refrão
Pude ganhar uma Les Paul mas os financiadores me pediram distorção

Que calaria a violência
Que não pode calar minha viola
Minha viola que viola a revolta por uma canção
Minha viola que viola o mal neste refrão.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 21 de maio de 2011

Última vez que falo

Transformar a raiva em aprendizagem
Com o silêncio que diz tudo
Mantém-se uma paz enquanto o mundo se explode
Não é ser egoísta, não é ser covarde
É se preservar e amar a alma que seu corpo abriga
Corpo privilegiado por isso
Ganhar vida
Pensa
Não se estressa
A vida não é uma merda
Isso quem faz somos todos
Raiva de vocês
De mim e de nós
Raiva coletiva
Sentimento universal, querendo ou não
Calados o calamos
Aprende-se a viver com
Única saída
Convencimento
Conformação
Aceitar assim é apolitizado...
Justamente
Tudo em jogo político
Jogo de poder e domínio
Violações
Nossa indiferença nos torna...
Indifirentes
Não subordinados.
Violar a violência
Violando a raiva
Se conformando
Se convencendo
Se calando inteligentemente
Vencendo
Proposta pra toda gente.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Enfim...

    Chegamos a um consenso. O de que não queremos o senso comum. É mais um dos paradoxos da vida, e reais, que só acabarão com novas ontologias. Mas como estudar o "ser enquanto ser"? Estamos sofrendo ações constantemente, mesmo com a gradual erosão eólica. Estudariamos, então, no caso do ser humano, sua fisiologia? Seria um recorte finito, não-pró-produção, que nunca explicaria interações com o meio. E para aqueles fatores abióticos que agem sobre tudo em que há vida?

    A questão sobre ampliar o conhecimento estudando sistemas conectados também parece falho, pois, além de não se ter informação de todos entes envolvidos, não se sabe quais são todos, por isso nos contentamos com o estudo em subáreas, em recortes de nosso interesse. É disso que saem diferentes posições, argumentos, maiores precisões e, consequentemente, maior estimulação à pesquisa, que vem com mais leitura, mais posições, te dá maior visão crítica e habilidade para discernimento, seguindo até não querer mais ou sentir-se suficiente.

    Nunca saberemos tudo, porém, tudo que saberemos, saberemos bem. É uma conclusão que pode-se tirar e que, provavelmente, seria introduzida com um "enfim". Mas o "enfim" não é nada construtivo, sendo a construção o caminho imaginário para sua posição, de cientista ou de ser individual dentro de um coletivo.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 15 de maio de 2011

Geografia romântica

Tudo se insere no espaço
Homem e meio em interação
Limite necessário a liberdade
Pois, o direito do que te diz respeito
Pode me trazer uma opressão
E vice-versa
Troca de idéias como conversa
Briga pros que não querem equilíbrio
Minha experiência pede paz
Te peço amor, te trago um lírio

Tudo se insere num sistema
Amplo demais
Seja de coordenadas para localização
De uma época literária com seus temas
Seja do capitalismo
De amores, crença ou razão
Com o garoto de rua ou a garota de ipanema

Tudo se insere num imaginário
Um olhar sobre um lugar
Vem do canto do canário
Teu saudosismo e teu amar
O medo também tens
Ou certa agonia
Mas pra tudo há um bem, meu bem
Vamos compartilhar essa alegria*.

* "Alegria compartilhada" é o novo álbum da banda Forfun, a qual apresenta letras bem pensadas e que tratam indiretamente da geografia e do amor.

Por Leonardo Muniz.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Arte e ciência

    A ciência produz conhecimento a partir de observações e experiências. Em uma mesma experiência, observações diferentes são feitas; a crítica sobre elas, o desencadeamento de raciocínio lógico e a demonstrabilidade para cada é que darão no tal conhecimento, por uma explicação e sua compreensão. Experiências são compreendidas num contexto local, do espaço vivido, que, por sua vez, está inserido em certo período da história, com relações sociais, políticas, econômicas, ideológicas, etc. Daí se tem um olhar sobre o lugar, um olhar que mudará com o tempo, pois, o espaço está em constante modificação pelas ações e objetos encontrados nele, com elas. Sabe-se que heranças existem, que, apesar das alterações, há alguma essência, o que fica. A nova visão tida, então, é uma reprodução de conhecimento, pois, trabalha em cima de um pré-produzido, mesmo que seja só criticando. Se esse papel é feito dentro da ciência, pela ciência, ela pode ser vista como arte. Arte é a reprodução do conhecimento, por sons, imagens, textos, esculturas, etc. Denomino, assim, a arte científica.

    Pensemos: A ciência parte de observações, e a arte também. A ciência produz em cima disso um conhecimento, como já falado. A arte produz diferentes formas de expressão, que são um conhecimento, uma noção por estudo ou experiência. Tudo bem que, hoje, cria-se em cima da arte, mas para a arte existir, seja o tempo passado que for, o primeiro artista deve ter estudado uma forma de produzir uma escultura, por exemplo; "trabalho em cima de um pré-produzido". Observando um material que poderia ser moldado, aperfeiçoando cada vez mais pela experiência e, pela imagem que fica, outras pessoas olham e compreendem (exceto artes abstratas). Resumindo isso aí: a arte produziu um conhecimento por observações e experiências e, com os métodos desencadeados na lógica pelo artista, demonstrou para outros algo a ser compreendido. Foi feita uma ciência... pela arte; ciência da arte. Novamente: a arte científica (ou uma ciência artística).

Por Leonardo Muniz.

Experiência em razão impura*

    A razão está ligada ao raciocínio. Este é tido num dado local, tempo, com toda uma contextualização. Se for puro, é puro no momento. Passa-se pouco e se tem outros aspectos que não haviam sido observados, por, talvez, nem estarem inseridos ali. Não querendo defender a emoção, mas ela, sim, é pura, pois, por maior influência racional que se tente dar à emoção, ela continua sendo sentida (sentimento); a razão, nesse caso, é passar o coração à mente.

    A única razão pura é o bom senso, por definição: "prudência; a lei moral; o direito natural". O bom senso deveria ser senso comum. Mais uma idealização. Aliás, usa-se a razão, entre outros princípios, para questionar este senso comum. (Que viagem... o bom senso seria criticado). Se a razão pura fosse vista sendo esse ideal, será que o bom senso não seria espalhado? Uma sociedade melhor e sem idéias extremistas como, por exemplo, a autogestão anarquista; teríamos nossos governantes em prol do povo e todas aquelas visões "político-românticas". Mas, será que suportaríamos viver nessa "perfeição"? A gente segue a razão que não é pura por natureza, então, com um tempo, encontraríamos problemas nesta sociedade também. As coisas poderiam até se agravar. Por isso, deve-se viver mesmo com os pés no chão...
ideais na cabeça, ou no coração
ação por interação
satisfação pela vivência
a mesma que vem mostrando que somos submissos,
mas buscar a felicidade, não só com o amor, mas com a experiência.

* Texto baseado num diálogo que fiz em duas folhas de papel, que seria postado como "Fórmula da felicidade, parte III: Por quê?".

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Aceitam-se pensamentos

Com tempo limitado
Meu modo de arriscar
É na mistura de grandes
Com marca a se inspirar

A Cor do Som, Raul e Chico Science
Brasil regionalidades
Paralamas dos 80 ao 2000
Muita força de vontade

Indo ao internacional
Elvis Presley a Dave Grohl
E a beatlemania?
Lennon, George, Ringo e Paul

Pouquíssimo papel
Pra muitos nomes na história
Ter todo conhecimento
Seria uma glória

Tem-se a ciência, filosofia e artes
Literatura brasileira também faz parte
Machado de Assis e Monteiro Lobato
Para reflexões com reflexos nos meus atos

Agora com Descartes, Marx,
Einstein e Ptolomeu
Que tiveram para arriscar
O mesmo tempo que tenho eu

Mas só em 1999, a igreja retificou-se a favor de Galileu...

Com tempo limitado
Meu modo de arriscar
É na mistura de grandes
Com marca a se inspirar

Aceitam-se pensamentos da música a qualquer campo
Ciências humanas, físicas, sociais, aplicadas a qualquer canto
Canto, canto, canto, canto...
Lembrando que da fé também se tira sabedoria!
Canto, canto, canto, canto, canto...

Por Leonardo Muniz.

sábado, 30 de abril de 2011

Sobre ironia não-irônica

Ironias para o bem
Ironias para o mal
Ironias pra verdade
Ironia ideal

Um paradoxo não-paradoxal
É sua razão lógica dita
Escondida, camuflada
E nem se expõe à mentira

Inteligente, sagaz
Forma de expressão
Pensamento perspicaz
E eficaz pr'uma compreensão

Ironia não é escapatória do real
Ironia não é medo
É a coragem ao final
De fazer pensar por transmitir a idéia sem o enredo.

Por Leonardo Muniz.

Amor surdo e mudo

Pra que falar se não há ninguém no mundo capaz de entender?
O que é gritar sem ter ninguém para escutar?
Ou até mesmo agir, sem ninguém para poder sorrir...

Hoje vivo sozinho, na minha verdadeira e única solidão
Onde não se escuta o que se vê
E nem se vê o que se escuta

Tento sozinho decifrar a fórmula cega do amor
para que ela possa acabar de vez
com esse silêncio escuro

Que traga consigo a luz e o som
Para eu poder realmente ter o que falar
e poder mostrar de vez o som do meu silêncio.

Por Phelipe Yuri.

terça-feira, 26 de abril de 2011

São dois mundos a cada (Unidade Coletiva)

    O individualismo, cada vez mais, se mostra estar na essência do homem. É inegável. Apesar de os exemplos estarem mais pelas classes média e alta, até nas inferiores existe (garotos de rua, em grupo, sendo o maior deles como um "chefe", o que consegue as coisas e bate nos menores). Isso faz enxergar que o mundo em que habitamos é, sim, coletivo. Mas um coletivo de pessoas com características individuais e que, muitas vezes, não aceitam o diferente. Dentro do todo, cada ser possui um mundo não-visto pelos outros. Confunde-se a Terra com seu mundo, atitudes julgadas como boas pelo seu são péssimas para o qual me encontro. Nos chocamos, não sou aceito, nem te aceito também.

    Mundos não tidos como estranhos se unem. São laços individuais formando um grupo que se opõe a outros dentro do mundo maior e verdadeiro. É algo que se pode ver também nas mais variáveis escalas (desde um casal de namorados até um bloco econômico). Pois bem, essa necessidade da união de mundos diferentes mostra a fraqueza do ser humano individual. São dois a cada e ainda parece insatisfatório. Pede-se mais e mais, porém não se pode exagerar. Pés no chão, seja lá em quantos mundos se está. Não digo ser melhor um menor número de grupos, apenas julgo a existência, seja de 2, seja de 35. "Ok, tá falando aí, mas não traz a solução...". Claro, não há. Fica aqui apenas um relato, e o universo como uma Unidade Coletiva continua na minha idealização.
 
Unidade Coletiva é o nome de uma banda de Reggae/ Rock do RJ. Recomendo: http://www.myspace.com/unidadecoletiva

Por Leonardo Muniz.