quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz dia novo

    É claro que vou desejar a vocês um feliz ano novo, mas penso que devemos desejar felicidade para cada dia e comemorar sempre ao acordar.

    A passagem de ano nada mais é que sair do ontem e ir para o amanhã. É o que ocorre sempre, sempre estamos no presente. Além desta lógica, pensemos nos votos e promessas que ocorrem em todos os reveillons. É muito mais fácil prometer coisas pra si mesmo e cumprí-las dia a dia, pois, assim, você terá uma meta, um objetivo, e levantará destinado a isso, do que pensar em algo que, em 365 dias, é capaz até de esquecer.

    Com esse pensamento, desejo reflexão e busca por o que desejar sem desistência. Acrescento equilíbrio, paz, amor, saúde, o necessário, e, então, a tão sonhada felicidade! Enfim, tenham ótimos dias que completam o ano de 2011.


Leonardo Muniz.

Fizeram (sua) parte

    2010, pra mim, começou nas areias de copacabana com o estouro de fogos e cheio de promessas. Seus primeiros dias já foram marcados por outro estouro também, relacionado ao meu particular, e que acabara com uma prometida. Junto ao problema pessoal, passava-se a pressão de conquistar um lugar em universidades públicas. Difícil. Desacreditado, me inscrevi em um curso pré-vestibular, donde só falava muito com a "Gordinha" e só me entrosei com a chegada do "Vini Maluco", dois dos que, com certeza, fizeram parte não só desse ano em minha vida. Alías, obrigado por tudo, Melido e Paloma.

    Bem, pouco tempo e recebo a primeira e, talvez, a melhor notícia do ano: uma vaga na UFRJ estava destinada ao Leonardo Oliveira Muniz da Silva. É, eu consegui. E, na faculdade, virei o "Bonitinho", apelido dado graças ao Professor Jorge Xavier e um dos amigos que fiz (depois de um começo de período isolado), o "Artur Vuvuzela". Obrigado também ao professor, ao amigo e ao restante do grupo discente e docente.

    Enquanto isso, em relação a amizades de fora, graças a Deus, sempre continuei bem. Fortaleci algumas, fiz novas, principalmente em chats de msn; e, sem os "da antiga", eu teria um ano bem ruim, com certeza. Chegou-se o meio do ano e eu perdi as tais promessas, precisei muito deles, que ficaram ao meu lado, me apoiaram, me divertiram, dividiram tudo. Obrigado especial a Renan De Assis e Vanderson Fusco (tem muitos outros, como Juninho, Thaís... mas realmente fica difícil falar todos. Sem contar que, quem é, sabe. Desculpem-me de coração). Sem esquecer ainda do obrigado ao pessoal do Chat Forfun Zona Oeste e All Time Low RJ. Adorei conhecê-los mesmo!
 
    Ah, tratando agora da música... sempre me acompanhou também. Sem ela, eu não teria aguentado muita coisa, nem a mim mesmo. E a música que me apresentou à literatura e à arte. Merece meu agradecimento, com certeza. Dentro disso ainda, não posso deixar de lembrar do Green Day, por ter feito do dia 15 de outubro, o mais feliz da minha vida. Sei que isso parece bobo, mas foi o que senti e faria de tudo pra viver de novo.
 
    Enfim, fim de ano tá chegando e tive uma nova "perda" pessoal, mas as pessoas que citei e outras mais, junto da arte e reflexão, me fizeram permanecer em equilíbrio. Do meio do ano para o fim, creio que "equilíbrio" tenha sido/ vem sendo a palavra que me retrata (pelo menos na busca constante a ela).
 
    Eu falaria ainda mais, tem muita coisa que queria citar, expor, não só com palavras, nomes, mas imagens, canções, porém, o espaço é para uma retrospectiva mais superficial. Me dou por satisfeito mas espero escrever coisas ainda melhores em 2011. E, ah... espero que o estouro que virá junto dos fogos seja de positividade, amor, paz e união, para cada dia, e encerro agora com o agradecimento mais importante...

    Obrigado, Deus, por tudo mesmo!

Leonardo Muniz. 


P.s.: Vocês, que me têm lido, também fizeram (sua) parte em 2010. Valeu!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O maior dos presentes

    O nascimento Dele, Jesus. E, aproveitando o título do último texto, pensemos no que é priorizado nesta data que, com o tempo, tomou um valor completamente diferente do real.
    Sem mais, desejo a todos um Natal com muita felicidade, amor, paz e união.
    E, sobre o Ano Novo, escreverei por esses dias.

        Luz,
            Leonardo Muniz.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cinema e audiovisual

Minha vida é quase um filme
Sem música não faz sentido
Partes são cortadas e não as levo comigo
Mas o que foi gravado não tem como mudar
Não posso fazer dois personagens numa mesma cena
Enfim, meu sonho mesmo era ter um amor de cinema

Outra diferença é que não quero ser mocinho ou vilão
Aliás, eu poderia ser apenas diretor
A história não seria de sofrimento com um final feliz
Procuraria o equilíbrio
Busca pela felicidade e um fim de papel cumprido
Ah, e minha trilha sonora...
O que traz paz, o amor e soa bem ao ouvido.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 27 de novembro de 2010

Da janela de um ônibus (Mil preocupações)

Mais um dia de rotina
Saindo cedo a batalha
Só escuto sirene e buzina
Obras, obras e tralha

É congestionamento na Brasil
E da janela de um ônibus
Não vejo muito de gentil
Só pessoas e pessoas que vivem a mil

Refrão:
Mil preocupações
Gente sobre gente
Atrasos, demissões
E como sustentar?
Eu aceito sugestões,
Mil preocupações...

Mas dessa mesma janela
Aproveito a viagem
A procura de uma coisa bela
Olhe o trabalhador vindo da favela (da favela?)

Neste um sorriso é sempre visto
Ignora todo o caos e loucura
Sente a paz na Linha Vermelha admirando o Cristo
Não pensa nas mil preocupações que teria a essa altura

Mil preocupações...
(Reflita sempre para continuar na Terra
Pode-se perder uma batalha
Mas jamais a guerra)
E como sustentar?
Eu aceito sugestões,
(Jamais pra guerra) (2x)
(Refrão).

Por Leonardo Muniz.

Fórmula da felicidade, Parte II

    Aqui exponho o ponto de partida para a postagem de certo tempo atrás e acrescento uma nova reflexão, tida esta semana.

    Bem, já ouvi muito falar sobre fórmula do amor e o que seria, daí vim pensando...
    O amor sempre nos pega desprevenido, quando esperamos anciosamente por ele vamos de encontro à ilusão, então, não podemos criar essa tal fórmula. E já sabemos: "o amor não pode ser explicado, devemos apenas senti-lo". Em cima disso, o vejo como um elemento (essencial) que compõe toda a mistura de sentimentos proporcionados ao homem bom. Tendo em vista que a tal mistura caminha sempre em busca da felicidade, está aí o resultado dependente, principalmente, do amor.

    Como deixo implícito no "Fórmula da felicidade, Parte I", teríamos: Felicidade = Amor - 
"Necessidades desnecessárias" (apegos materiais, etc) e, acrescentado pela idéia entendida com a leitura de "Penso, logo existo", somamos o Conhecimento, pois este traria valor real e prolongado a felicidade.
 
    Você pode estar pensando: "Nossa, que tolo, não entendo nada, ele tenta dar uma fórmula matématica para a felicidade". Vamos pensar novamente...

    A fórmula da velocidade, por exemplo, é dada pelos elementos espaço e tempo, e estes vem de uma medição. No meu ver, o amor deve ser ilimitado, sempre, até mesmo devido a busca à felicidade. Sendo assim, ele não pode ser contado, medido, o que o torna diferente dos elementos físicos. "Ele tá confirmando a tolice, acabou de dizer que são coisas diferentes!". Não, calma. Nisso quero mostrar que a ciência, que é dita oposta à crença, parte do que se acredita também.  Como falei, acredito no amor, ilimitado, que proporciona a felicidade, podendo, então, formula-la; você acredita na velocidade pois sente o tempo passar, sente seu deslocamento por ele. Cara, eu sinto o amor, então, acredito na felicidade. É a mesma idéia.

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desabafo sobre a Cidade do Rio de Janeiro e as UPP's: Unidades da Paz Passageira

    No meu esquecido bairro (ainda) não chegaram as Unidades de Polícia Pacificadora, mas pelo que ouço de amigos da Tijuca, por exemplo, as UPP's têm demonstrado eficiência - assaltos bem menos frequentes, assim como a escuta de tiros, etc. Pois bem, infelizmente, a medida que parecia muito boa não foi o bastante perante à situação caótica que a cidade se encontra(va). Já somos controlados pelo poder paralelo e a prova disso foi a ousada revolta de traficantes, assaltantes, bandidos sujos, a essa segurança que chegara a certos locais.
    Numa simples quinta-feira de sol, tudo parou. Pessoas desistindo ao meio do caminho ao trabalho, ao estudo. Ao lado de seus ônibus superlotados viam verdadeiros tanques de guerra, tanques que iam ao encontro de outros ônibus, que haviam tomado fogo, a carros de passeio, caminhões, vans. Mais uma vez, os inocentes caindo de cara por uma política de aparências, aparências que vão ao desaparecimento pela lógica já demonstrada do poder na mão do paralelo.
    O nível de desordem e regresso "não pode evitar ou conter"¹. O paralelo tomou o poder tem certo tempo, como já falado, e não afina frente às reações da polícia, exército ou marinha. Antes a batalha era Poder do Estado x Vagabundos, hoje é Inocentes e Estado vencido x Poder Paralelo. A pergunta não é mais "A culpa é de quem?"², chegamos a altura de questionar "Quem vai vencer a guerra e até onde isso vai chegar/parar?". E, na real, eu não quero as respostas. Alá anos 60, o que peço "de nós para nós"³, é a valorização da Paz e Amor.

¹ "Não pode evitar ou conter" - Trecho da música "Amém" da banda R.Sigma.
² "A culpa é de quem?" - Título de uma faixa do Planet Hemp, encontrado no álbum MTV Ao Vivo.
³ "De nós pra nós" - Faixa 7 do álbum "Reflita-se", também da R.Sigma.

Por Leonardo Muniz.

A mente filosófico-matemática

Fazemos parte de um mundo estático
Os movimentos enxergados são parte de um pensamento lunático
Isso aí... apenas movimentação aparente
A cabeça humana é que cria tudo, infinitamente

"Infinito é aquilo que não tem fim", assim é entendido
Mas imagino eu, humano, que o fim é apenas desconhecido
Que "a única certeza da vida é a morte", eu sei de cór
O que não acabará se essa vida é, do todo, o bem maior?

Não devemos temer por não termos as respostas
Vamos abrir a mente e fazer nossas apostas
Muitos preferem se omitir e/ ou procurar uma saída
Mas, pense: Quanto mais se vive, mais se tem vida

Agora, indo para as ciências, falemos da matemática
Como aplicá-la em nossa existência e aqui na nossa temática.
Tudo é superfície, tem forma, comprimento, altura...
Por que não acreditar em outra dimensão, mas só nesta vida de maneira pura?

Bem, pensando assim, mais uma questão foi levantada
E não precisamos entrar em cálculos, integral ou derivada
Aliás, com tanto assunto reflexivo e interessante
Pra que aprender isso de achar as funções de uma limitante?

Não nos levemos por não termos essas respostas
Vamos abrir a mente e fazer nossas apostas
Muitos preferem se omitir e/ ou procurar uma saída
Mas, pense: Quanto mais se tem conhecimento, mais se tem vida.

Por Leonardo Muniz para Ricardo Kubrusly.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ABCDE, Parte II

Alfabeto Bem Complicado De Entender...
Fugir dessas questões?
Gostaria de poder.

Ha de conseguir?
Impossível, Já Lutei Muito Nesses Obstáculos...
Parece mesmo que vim a cair.

Queira a fundo
Respire sem desânimo...
Sonhe com isso num sono profundo

Tente, Ultrapasse e Vença
Xingue, bata, grite, mas ame, vai...
Zera e recomeça.

Por Leonardo Muniz.

domingo, 14 de novembro de 2010

ABCDE, Parte I

Alcançar e querer mais
Buscar, mas não ter um objetivo
Chorar sorrindo
Desistir sem tentar
Escolher emoção ou razão
Fazer sem pensar
Generalizar a exceção
Humanizar cães e gatos
Ignorar quem um dia te apoiou
Justificar erros
Limitar o que se mais precisa
Misturar tudo isso? O fazemos.
Nós entre nós.
Ouvir, mas não escutar
Perder sem lutar
Querer, mas evitar
Respirar na falta de ar
Sonhar, mas com pé no chão
Ter, mas sentir saudade
Unir-se a um antigo inimigo
Ver, mas não enxergar
Xingar, bater, gritar, mas amar
Zzzzz... não, acordado sonhar.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 6 de novembro de 2010

"Penso, logo existo"

Estou com problemas para dormir
Ao deitar, muitos pensamentos começam a surgir
Penso muito no meu eu, no que se passa e no que passo
Tento distinguir neste ser o que é real e o que é falso

De certa forma, isso é proposital
Creio que refletir a si mesmo é o caminho a esse seu real
E o real, teoricamente, deve ser o que existe de fato
Então, pensando nisso, é assim que me retrato:

Penso bastante
Faço com o meu interior uma reflexão
Me aproximo pouco mais da verdade tão distante
Amplio minha existência não deixando-a ir em vão.

Por Leonardo Muniz.

sábado, 30 de outubro de 2010

Eu, o todo e os cotonetes

    Tenho observado frases muito ditas por todos, de um mesmo assunto ou não. Duas destas são: "tudo ou nada" e "ainda bem que me faço de surdo". Aparentemente, não há como relacioná-las, mas, quando tenho essa idéia de "preferir ser surdo", eu ouviria nada e, na verdade, ouço tudo, tudo mesmo. É, o nada e o tudo são vistos como noções excludentes, e isso não ocorre. Tudo pode parecer nada. Pode-se falar, falar e não chegar a lugar algum; o que é tudo para certa pessoa pode não ter o mesmo valor para outra; você pode não estar correto sobre o que parece tudo. E o nada pode ser/dizer tudo, por exemplo, quando se tem um longo silêncio após uma briga com alguém próximo.

    Bem, durante nossos dias, infelizmente, ouvimos muitas besteiras, falsas promessas, mentiras, e isso suja meus ouvidos, os entope, me faz, então, ouvir menos, podendo chegar a ouvir nada. Não! Podemos usar esses exemplos de "nada" para refletirmos, pensarmos em coisas melhores e não cometermos o mesmo que chegou a nós. Ouvir o "tudo" de novo. Por isso devemos manter nossos ouvidos limpos para escutarmos o que for possível então, para, assim, limparmos não só a sujeira, mas filtrarmos o que há de bom e/ou pensar no ruim a fim de transformá-lo, pois a destruição deste precede a construção do primeiro, o que mostra, também, a proximidade entre o bom e o ruim e entre a destruição e a construção.
 

    Enfim, o que fica é: não é só para higiene pessoal que devemos usar cotonetes, eles servem também para uma eventual absorção do todo e o saber em produção.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pequenos grandes detalhes

    "Erasmo era um homem simples, conhecido em seu bairro, não chegava a ser tão pobre, mas trabalhava duro por sua vida. Durante a época da eleição, um famoso político lhe ofereceu um bom dinheiro para panfletar e arrumar votos. Mas ele sabia que o candidato não era confiável e se envolvia com certas coisas erradas. Então, um amigo de Erasmo, falou:
        - Aceita a proposta! É só fingir que tá fazendo algo, uma horinha por semana panfletando, ele acha que tá tudo certo e te dá o dinheiro.
Erasmo responde:
        - Se eu fizer isso, estarei me igualando a ele."

    Sabemos que sozinhos não somos capazes de mudar muitas situações. Mas gestos simples, feitos por cada um de nós, são o suficiente para mudar qualquer tipo de conjuntura. Sejam esses gestos nos meios político, social, amoroso ou qualquer outro. Assim vemos que detalhes não são tão pequenos assim...

Por Renan de Assis.

domingo, 24 de outubro de 2010

Vida em degraus

    A cada dia de acertos, você sobe um; a cada dia esquecido, em vão, se descem dois. Para chegar a um degrau acima do que já esteve, deve subir, então, três. 
    Vai ficar aí com seu egoísmo e ganância deste mundo inventado, ou com quaisquer outros valores individualistas e materiais, ou procurará o melhor para ter lugar num próximo mundo, que talvez exista e/ou talvez seja o real?
    Reflita.

Mensagem para o leitor: Como minha última postagem ficou pouco cansativa e não muito clara, segue aí um pouco do que penso de forma mais curta e objetiva. Obrigado a todos que têm lido o blog, elogiado e/ou criticado.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Hi-a-to

    Além de significar um fenômeno de duas vogais unidas de sílabas opostas, separadas, então, paradoxalmente, hiato é sinônimo de intervalo, seja de tempo, entre pontos ou até sons. Fazendo uma ligação entre essas definições, pensamos em evolução da sociedade e, então, toma-se o seguinte: a sociedade pára no tempo, se estagna, pois, com o andar do mundo, o que temos visto é segregação e grupos como heterogêneos por classificações baseadas em regras arregadas de interesses de quem detém o "poder". Sim, tem-se a idéia de separação no mundo dito globalizado.

    Mas, deixando agora esse lado social, político e econômico, associarei o hiato com a estagnação que tem se passado por mim. Acredito que não se trate de uma estagnação evolutiva. Na verdade, é um ciclo, onde ando, ando e volto sempre ao mesmo lugar, e isso, querendo ou não, me traz experiências as quais me ajudam a crescer, sim. O que tenho encontrado é: realmente, são inúmeras as possibilidades a se seguirem na vida, mas apenas uma nos levará ao destino correto. Apenas uma.

    Bem, terá tal idéia alguma ligação com a tão questionada verdade absoluta? Sinceramente, isso vai muito além de qualquer pensamento concreto passível de discussão. O máximo que pode-se responder retoma ao "hiato global", que, talvez, esteja em vigor pelas "verdades" criadas pelos já colocados "detentores do poder". Mas creio eu que o poder real está na mão de um único também, e todos conhecemos Ele. Ele, a minha grande verdade, é para quem devo trilhar o caminho nesse intervalo chamado mundo e, outra vez, tentar, andar e, finalmente, sair deste lugar.

    É meu pensamento, é minha crença.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Futuro do presente

    O mundo é regido por muitas leis. Algumas criadas pela natureza, ou algo acima disso, para reger o planeta. Outras criadas pela sociedade para a mesma conseguir se conter e crescer gradativamente. Mas o conceito de crescimento é algo muito relativo. A sociedade, sim, está crescendo em alguns pontos, mas outros pontos estão se transformando em decrescimento, sem que se perceba de fato. Pois a lei que traz a negatividade é a mesma que faz com que poucas pessoas percebam seus aspéctos falhos. Uma dessas leis é a Lei do Mais Forte.
    Há muito tempo percebo que a rotina transforma a vida em algo vazio. Sem inovações a cada dia.E, com a tal "Lei do Mais Forte" prevalecendo cada vez mais, me pergunto se essa rotina que algumas pessoas levam, muitas vezes visando seu futuro, vale a pena. Pensam em estudar para garantir seu trabalho. Mas, depois, pensam em trabalhar para garantir sua aposentadoria. E, alguns, depois de aposentados, pensam em abrir algum negócio próprio para garantir o pão de seus netos. E quando isso acaba? Nunca? Vivem na rotina de se esforçar todos os dias, visando sempre o melhor no futuro. Mas e o presente? Esquecem de aproveitá-lo? Vivê-lo? Todo sacrifício será válido para algo que almejamos. Só não tenho certeza se o que almejamos será válido para recompensar todo o sacrifício.

Por Renan de Assis.

domingo, 17 de outubro de 2010

Fórmula da felicidade

    Felicidade não é ter tudo aquilo que quer, mas, sim, conseguir sorrir ao fim dos dias por se satisfazer com o que se dispõe, que, acredite, não é pouco.
    Nós nascemos, recebemos luz primeiramente e, mesmo sem saber, ou não, recebemos também o amor. Luz. Vem com força, nos toma, ou melhor, nos preenche, e enche... de energia, harmonia, fé... e a negatividade é dissipada, cai pelo esquecimento. O amor. Este nos vem com o mesmo e até nos enche mais e com certas coisas inexplicáveis (e por isso as chamo de "coisas"). Então, luz e amor estão próximos, a relação entre eles já é dada ao nascimento: é pela luz que o amor se propaga e chega até nós.
    Nascer é ganhar vida; permanecer nesta é se manter os batimentos cardíacos, cuja frequência se firma, aumenta, quando se sente o amor. Entende-se, então, que sem amor não há continuidade na vida - nossa, que relação... e complexa. Complexa, na verdade, não. Podemos ver a vida de forma bem simplista: se o amor é o que nos mantém vivos, representa tanto e já vem conosco desde sempre, que nos satisfaçamos e deixemos apegos materiais, que não são carregados para uma possível vida posterior, e, assim, sorrimos e agradecemos por termos mais um dia de vida com esse amor... Feliz.

Por Leonardo Muniz.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Relevância temática

    A conversa é vaga no cotidiano: filmes, novelas, músicas, jogos, esportes... mas quando pensamos em escrever, não são esses os temas que nos vêm à cabeça. Pensamos, creio eu, em temas mais reflexivos, mais difíceis de serem debatidos. O que se faz pensar: será que os temas discutidos no cotidiano são relevantes?
    Óbvio que você se interessa por um dos temas citados. Eu também. Eles nos dão certo prazer quando citados. Mas será que mudam sua vida? Podem te dar a sensação de mudança temporária, mas nada disso modifica algo em sua existência.
    Política? Filosofia? Origem da vida? Não acho que eu seja a pessoa certa para dizer sobre o quê devemos falar para crescermos como seres humanos. E não sou. Mas sou uma das pessoas que se interessam em saber tal resposta.

Por Renan de Assis.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Conhecendo-me

Olá, prazer, meu nome é Insatisfação.
Ao acordar, não me contento com um simples bom dia,
pra me despertar de verdade necessito de um "eu te amo", cedo!
No café da manhã, não me basta leite, pão, mesa com frutas,
quero aquela pessoa vindo até mim como uma bela bandeja à cama.

Após isso, um banho me cairia bem.
Não naquele chuveiro elétrico, fechado num box,
poderiamos ter uma banheira com vista ao pôr-do-sol
ou, talvez, uma queda d'água ou riacho donde teríamos o mesmo ao horizonte.

À volta, me preparando para a batalha diária,
você bem que poderia me trazer aquele blazer perfumado
e me dar aquele beijo pra chegar relaxado ao trabalho;
Fora a certeza de que esse meu dia realmente existiu
ou, então, Insatisfação não seria apenas o nome que consta em minha certidão.

Por Leonardo Muniz

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Primeiro

    Faz muito tempo que não escrevo de verdade, sem obrigação. Tanto tempo que essa me parece ser a primeira vez. Talvez, por ser a primeira, não fique boa. Talvez, mesmo sendo a primeira, não seja inesquecível, nem desejo que seja, quero que a segunda, terceira, ..., enésima vez sejam bem melhores. Quero que minha tendência seja a melhora, pois é, por enquanto, com esse intuito que escrevo.
    Ah, quase me esqueço de outro "talvez", quem sabe, o mais importante: Talvez esse texto me sirva assim como serve um primeiro beijo, um primeiro namoro ou uma primeira transa. Quem nunca parou para se lembrar de qualquer primeira vez? Um beijo molhado mais por falta de experiência do que por paixão. Um namoro de escola, que seus pais nem sonhavam que acontecia. Hoje, olhamos para trás e vemos o quão infantil foram essas situações. Ocorrências sem experiência, sem a malícia para fazer o seu melhor. É, vendo por esse lado, é bom que eu não esqueça o que escrevi. Quero ver esse texto, daqui a alguns anos, e ver o quanto eu melhorei, o quanto evoluí. Talvez seja esse o motivo da primeira vez ser inesquecível.

Por Renan de Assis.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um

Sinceramente, senhor, não levo jeito para isso não
Sou um grande amante da música mas não é meu forte a composição
Tenho aqui folhas, caneta e um copo d'água e sua jarra
Compor é o que me resta, não tenho bateria, baixo ou guitarra
De cultura, talvez seria mais fácil gostar de livros ou cinema
Peraí! História da arte poderia ser um tema
É, pensando bem, não saberia escrever muito sobre isso
O tempo tá passando e só vejo como compor é difícil
Pensei em cotidiano, mas estamos cansados de coisas ruins
Mas também, no mundo de hoje, como falar de amor, paz e afins?
Bem, é melhor deixar pra lá ou esperar uma inspiração
Sinceramente, senhor, não levo jeito pra isso não.
Mas, vendo aqui agora, encontrei uma solução
Vou falar da própria música, afinal, esta é minha paixão
Mas por onde começar? Ai ai, isso tá começando a me cansar
É, hoje terminarei por aqui. Fui falando o que não sei mas até que escrevi
Cara, seria esta uma composição sobre composição?
Ih, sinceramente, senhor, não levo jeito pra isso não.

Por Leonardo Muniz.