quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pobre não é bandido

De onde você vem?
Com quem você anda?
Não gosto de ver
Estranhos de minha varanda

Questão de segurança?
Psicoesfera do medo
Grande desconfiança
Já começa desde cedo

6h da manhã vou em direção ao centro
Com a cabeça matutada
Chego a meu escritório
Só vejo papelada

Stress com agonia
Péssimas coisas pra se ter num dia

E voltando pra casa
Por lá você está
Comprarei câmeras de vigilância
Agora vou te monitorar

Vou e volto na paz
Tranquilo e calmo
Rodo a fita
Há algo de errado

Polícia aparecendo no vídeo
O estranho apanhando de uns 5
Injustiça promovida
Eu assisto do outro lado
Nada posso fazer pra ajudar o morador de rua
Só sei de uma coisa: Sinto-me culpado.

Por Leonardo Muniz.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sobre tudo ou nada

Sobre tempo e amor
Sobre ciência e arte
Sobre eu e você
Sobre o todo e a parte

Sobre política
Sobre pobreza
Sobre polícia
Sobre nobreza

Sobre o verdadeiro e o falso
Sobre o certo e o errado
Sobre a ética e a moral
Sobre um sentimento leal
e a felicidade

Sobre histórias
Sobre contos
Sobre poesias
Sobre geografias

Sobre nascer e errar
Sobre aprender e crescer
Sobre repassar e ampliar

Sobre sonhar e acordar
Sobre dormir pra voltar
Sobre parar pra pensar

Sobre viver
Sobre voar

Sobre olhar e perceber
Sobre lutar sem temer
Sobre todas as coisas que lembrei
Sobre todas as coisas que posso esquecer.

Por Leonardo Muniz.

Pode ser

Conselheiro sou
Pra você, meu amigo
Pois eu mesmo nada sigo

Não dá pra sistematizar meus passos
Sou agente interno
E me encontro em diferentes espaços

Devo, então, encarar sem medo
Aliás, sempre dou esse conselho
Não pra mim que pratico o desapego

Vai burlar seu próprio pensamento?
Não sabe quem és...
Precisa responder rapidamente ao momento

Confusão
Angústia, agonia, medo
Vá sem ter visão

Feche os olhos que é correr e aceitar
Não tão rápido, nem lento
Alguém pode se machucar

Olha o medo de novo
Impossível largar
Cara, sai da defensiva e seja o primeiro a amar!

Por Leonardo Muniz.

sábado, 25 de junho de 2011

Paz e guerra, bem ou mal

    Estranho é viver em um mundo onde se quer alcançar a paz através da guerra, sendo um mesmo mundo que as coloca como opostos que não se podem associar. A paz e a guerra dependem uma da outra. Sem paz, o mundo seria totalmente conflituoso. Sem guerra, a paz seria banal e o ser humano não daria valor. Com guerra, se quer paz. Com paz, se quer guerra. Sim, é de nossa natureza. Somos egoístas, não queremos que outro tenha controle do que poderia ser meu e a paz que desejamos é a nossa. A exemplo temos os EUA, que fazem guerra por controlar e pela idéia forjada de sofrer ameaças, basicamente, e o cidadão comum que cansa de ver nos telejornais crimes ultraviolentos, mas só pede a tal paz quando a violência se volta a alguém mais próximo dele.

    Idéia: Se é de nossa natureza, vamos usá-la sem precisar expor, afinal todos já sabem que somos egoístas. Fazer isso nem é complicado. É buscar a paz interior, que traz a calma, a paciência e o equilíbrio, coisas não muito faladas, mas que nos mantêm dentro das situações sem que nos abalemos. É diferente de se omitir. O homem com calma está lá, pensativo, e não deixando a raiva crescer devido o equilíbrio que vem da paciência. Um dia vai se esgotar, claro, mas a busca é por tentativas e não por mudança. Mudança te faz ser o que não é, a raiva cresce de você pra você mesmo. Tentativa te faz agir como você queria mas não consegue. Bem, com tentativas sempre, agirá como sempre quis também, o não conseguir aparecerá um tempo, mas demora. Se não der, tenta de novo.

    Posso tirar disso aí que o mal não existe. A questão é saber usar o que parece mal. Alcançar a paz guerreando com quem é contra poderia ser exemplo, mas é bem contraditório. Vamos usar o egoísmo pra buscar paz interior, pois, se todo mundo fizer isso, todos se contentarão com o que têm e vêem e, assim, mesmo não sendo perfeito, o mundo viveria em certa harmonia e felicidade.

Por Leonardo Muniz.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Agricultor Urbano: Faculdade

Escolha ou melhor interpretação?
Pelo que quer ou maior capacitação?
Propriedade, talento e dom
Tu tens a arte, moleque bom!

Escolha ou melhor interpretação?
Pelo que quer ou maior capacitação?
Mede esforços, essa é a base
Corre atrás. Abraço, enlace

Toda oportunidade que houver nesta vida
Não deve desprezar, pois vai virar uma dívida
Na dúvida, uma dádiva. Você deve agarrar
Não perderá nada com isso, vai aprender pelo errar

Não é sua praia, então foi perda de tempo
E os fatos sociais? Com eles sua vivência
Agricultor urbano...
Cultivo de experiência.

Escolha pelo que quer
Será uma nova vida ao lado de pessoas bem queridas
Pelo que fazem ou já fizeram
É um contato importante pra alcançar o sucesso.

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vou envelhecendo

Cresço e amadureço
De certa forma, não
Às vezes me sinto mais bobo
Tudo bem, antes eu tinha medo de monstros
De cachorro e de gente famosa

Sim, eu tinha medo
E, hoje, tenho é da rua
A mesma que foi minha área de lazer por anos e anos.
Tenho medo do ser humano
Tenho medo de mim!?

Sei parte dos fatos dos anos vividos
Nada sei do futuro
Com medo de mim, terei cautela
Caminharei calmamente
Chegarei lá

Meus próximos anos me esperam
Objetivos a alcançar e medos a superar
Outros a surgirem para que eu sobreviva.
Sem saber quem eu sou, digo:
Meu medo me disciplina.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sendo sempre parciais

Vá com calma
Deu-se apenas um passo, mas
Pode ser perigoso seguir.
Evolução gradativa
Revolução efetiva
Novo paradigma
Por qual caminho ir?

Pontapé inicial
Apoio e orientação
Jornada científica
Levante a problemática e siga com a razão
Faz-se isso em qualquer vida
Não há diferenciação

Conceitos, métodos e técnicas
Nomes, modos de ser e de agir
Não é uma viagem
É assimilação e aplicação na realidade
Atingir-se-ia uma totalidade?
Lembre-se que tudo é parte do todo
Análises sem emoção...
Deve-se haver uma reconsideração

Considerar-se parte do todo envolve o interior
Sua máscara material começa a cair
Aí sim a realidade
E a totalidade por si
O homem é alma e está num corpo
A montanha também tem sua composição e sua parte exposta
Mas já íamos esquecer as relações naturais na baixada e no topo

Relativismo e interação
Com o todo desconhecido
Volta-se a uma investigação
Cada um com seu interesse
Com papel ou iPad na mão
Analisar o que me importa
Não abrir a porta
Ganhar nomeação
Sem o outro estudo dado num mesmo local
Tem-se a ineficácia informacional.
Enriquecer-se sem colaboração
Esse é o homem
Cientista não.

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O poeta que aprendeu a amar

Espalhadas pela sala
Fotos em escala de cinza
Cinzas de um cigarro
Sua fumaça misturar-se-á ao vapor
Trago-me café, por favor.

Dia nublado
Olho pro lado
É tudo que vejo
Além de meu velho rádio
E um velho blues sintonizado

Vida com vícios e poesia
Apenas
Me completaria
Mas não sou amado
Tampouco amável

Meus retratos são paisagens,
As coisas que sou apegado e luz
Sinto falta de ver alguém
Quem eu não sei
Só queria outro bem

Dedicar-me-ei a fotografar da minha sacada
Ô, grande sacada!
Não vejo nada
A não ser...

Uau, que linda.
Vou observar a menina
Parece tão solitária quanto eu
Usa roupas estranhas mas combinadas
A ela tudo perfeito
E tem uma bolsa escondida no sobretudo

Câmera, caneta e folhas rasgadas ali
Ela me procura
Mas como chegar?
Aumentarei o blues
Aparecerei com a chuva a dançar

Eu e meu chapéu
Molhando-me e sorrindo
Vou buscá-la lá
Acolher pelo tempo frio.
Outro café...

Amável
Aquecido
Apartamento conhecido
Posso fazer nosso retrato?
Agora não sairás de meu lado.

Por Leonardo Muniz.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sobre a União Homoafetiva e a Homofobia

    Eles têm o direito da opção sexual e nós temos o de não achar que esta seja a melhor escolha, o que NÃO implica num direito de desrespeitá-los. O assunto não devia ser posto em jogo político, não só pelos inúmeros problemas relevantes que todo país enfrenta, mas pelo fato do homossexual ser gente/cidadão como o hétero. Uns pontos:

1) Se podemos nos unir, eles também podem.
 
    - Não são como nós. Gostam de pessoas do mesmo sexo! 
    - Já pensou se todos nós nos atraíssemos pelas mesmas coisas? O mundo estaria acabado em guerras (ainda mais).
2) Homossexuais não oferecem qualquer tipo de perigo à sociedade.
 
    - Acho perigoso passar do lado de um gay em uma balada. 
   - O mesmo que oferecemos às mulheres. Parece bobeira falar isso, mas há quem discuta.
3) Todos estamos condenados a sofrer algum tipo de violência, a homofobia é apenas uma categoria delas.
 
    - Mas homofobia é humilhação. Desrespeita-se e tiram-se direitos pela opção sexual. 
    - Então, é apenas por motivo diferente. Imagina se for separado o olhar sobre cada tipo de violência... Se perderia mais tempo com as "classificações" e os processos da Justiça ficariam ainda mais lentos. 
    - Mas homossexuais formam uma minoria.
    - Sem hipocrisia... Todos somos diferentes (minorias que formam um todo) e os pobres, por exemplo, que parecem maioria, são dos que mais sofrem na sociedade.
 
    Em resumo: Por ser apenas uma opção "diferente", a união homoafetiva deveria ser um direito (opção) também. E a homofobia é uma violência que deve, sem preferências, ter sua atenção.

    Um outro ponto dentro deste assunto, dado pelo jogo político, é sobre os kits escolares anti-homofobia, os quais sou contra por dois motivos:

1) Escolas suportam crianças, que têm a mente ainda em formação. A educação deve ser dada, então, de maneira geral, como um todo, ou seja, devia ser passado a elas que respeitem as diferenças e ponto.
2) Aquelas crianças que já tiveram alguma orientação sobre o assunto, devido à manipulação, poderiam tornar as coisas mais extremas. Não descarto a possibilidade de influenciar a opção de uns. E o ponto mais extremo, então... Os que foram "educados" a recusarem o homossexual seriam induzidos a rejeitar ainda mais, devido a idéia explícita de diferença e pelo pensamento infantil, logicamente, de "isso tá errado! Odeio viado!" (passada por uns pais, acredito eu).

    Enfim, isso reforça que este assunto não deve ser colocado na política, idéia que, por sua vez, apóia o ponto principal: Apesar de diferentes, todos somos cidadãos (iguais perante a lei).

Por Leonardo Muniz.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre a Legalização da Maconha

    A legalização da maconha, ao meu ver, é algo que não deve ser resolvido tão cedo (por mais que pareça tão tarde). Existem inúmeras argumentações contra e a favor, sendo muitas delas incontestáveis. 

    Penso que deveria ser liberada devido a existência de outras drogas legais e que parecem piores que a maconha. O álcool, por exemplo, já é de uso banal e causa inúmeros tipos de violência, como a de trânsito, agressões e até assassinatos. Desconheço índices pelo uso da "erva proibida". Cigarro comum causa câncer de pulmão, boca...

    Um argumento muito falado que é a favor e me parece falho: o tráfico, talvez maior problema pra segurança pública no país, diminuiria. Digamos que possa acontecer de diminuir (o que já não acredito devido a cocaína, crack...), mas, se o mercado da maconha sair do poder de traficantes, eles vão simplesmente virar desempregados? Piada, né? Os tais bandidos deverão buscar outras ocupações, as quais não temos conhecimento ou previsibilidade alguma. O desconhecido e imprevisível é o maior gerador de medo.

    Existem outras argumentações contra a legalização ainda, porém, me questiono: Será justo deixar na ilegalidade devido os riscos algo que apresenta mais "positividade" que produtos que podem ser consumidos por lei? Pode-se falar que sim, pois, seria um risco a menos, mas que proibissem, também, a cerveja! Visão radical demais e que não agradaria nem os nossos representantes, né, Lula? E se vocês estão pensando que não cheguei a conclusão nenhuma... Parabéns! Essa é a idéia!

    O assunto é delicado demais, como falei, e se trata de mudança constitucional. Lei, Poder do Estado, Nação, políticos e civis. Coisa séria.

Por Leonardo Muniz.