quinta-feira, 9 de junho de 2011

O poeta que aprendeu a amar

Espalhadas pela sala
Fotos em escala de cinza
Cinzas de um cigarro
Sua fumaça misturar-se-á ao vapor
Trago-me café, por favor.

Dia nublado
Olho pro lado
É tudo que vejo
Além de meu velho rádio
E um velho blues sintonizado

Vida com vícios e poesia
Apenas
Me completaria
Mas não sou amado
Tampouco amável

Meus retratos são paisagens,
As coisas que sou apegado e luz
Sinto falta de ver alguém
Quem eu não sei
Só queria outro bem

Dedicar-me-ei a fotografar da minha sacada
Ô, grande sacada!
Não vejo nada
A não ser...

Uau, que linda.
Vou observar a menina
Parece tão solitária quanto eu
Usa roupas estranhas mas combinadas
A ela tudo perfeito
E tem uma bolsa escondida no sobretudo

Câmera, caneta e folhas rasgadas ali
Ela me procura
Mas como chegar?
Aumentarei o blues
Aparecerei com a chuva a dançar

Eu e meu chapéu
Molhando-me e sorrindo
Vou buscá-la lá
Acolher pelo tempo frio.
Outro café...

Amável
Aquecido
Apartamento conhecido
Posso fazer nosso retrato?
Agora não sairás de meu lado.

Por Leonardo Muniz.

2 comentários:

  1. bonitinho, vc é lindo! ass: admiradora secreta.

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  2. " bonitinho, vc é lindo! ass: admiradora secreta. " IUASHUIAHSIUASHUASHUIAHSUIAHSIUAHSIUAHSUIAHSIUAHSIUASHIUASHIUASHIUASHUAISHIUASHUIASHUIASHSAUIHUIASHAIUSHIUASHASIUHUAISH

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